Descaminho
Apreensões de contrabando crescem 3,8% na região de Sorocaba
Cigarros clandestinos são os produtos que representam a maioria dos flagrantes registrados pela Receita Federal
As apreensões de cigarros e produtos contrabandeados tiveram aumento de 3,85% na região de Sorocaba em 2022, na comparação com 2021. Segundo a Delegacia da Receita Federal em Sorocaba, em valores monetários, passaram de R$ 7,6 milhões em 2021 para R$ 7,9 milhões no ano passado.
Os cigarros contrabandeados são os produtos mais apreendidos na região. Somente no primeiro semestre de 2023, o total de maços tirados das ruas é três vezes maior do que as apreensões de 2022 (537.352 maços) e mais do que o dobro das feitas em 2021 (708.133 maços). Entre janeiro e junho deste ano, o total de maços de cigarros contrabandeados apreendidos chegou a 1.664.835.
Conforme a Delegacia da Receita Federal em Sorocaba, no mês passado, ocorreu a maior apreensão na região, que totalizou 1.625.504 maços de cigarros falsificados, cujo valor foi calculado em R$ 8.127.520,00.
No ano passado, a maior apreensão de cigarros ocorreu em janeiro: 513.090 maços, que somaram R$ 2.564.720,00. E em 2021, a maior foi no mês de julho, quando foram apreendidos 559.190 maços, que totalizaram R$ 2.795.950,00.
A maior parte das apreensões acontecem em rodovias da região, principalmente no caso dos cigarros contrabandeados, que são flagrados em cargas de carretas, geralmente vindas do Paraguai.
Entre os demais produtos apreendidos estão eletrônicos, celulares, alimentos, perfumes, bolsas, brinquedos, calçados, relógios, armas, veículos, e equipamentos de informática.
Destino dos produtos
De acordo com a Delegacia da Receita Federal em Sorocaba, o material extraído dos cigarros apreendidos é doado para se transformar em adubo. Antes, os produtos eram totalmente incinerados. “Quanto aos cigarros apreendidos, que eram totalmente incinerados, com a nova política de sustentabilidade ambiental, temos doado todo material extraído dos cigarros, pois tudo nele é passível de doação para reaproveitamento. O fumo, por exemplo, é doado para se transformar em adubo”, informa o órgão federal.
Na região de Sorocaba, o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), de Boituva, solicitou uma tonelada de fumo e enviou metade ao presídio de Iperó, ficando com a outra metade. “Todo esse material será utilizado na agricultura. Eles estão fazendo testes, se der tudo certo, pedirão, da próxima vez, para as lavouras dos pequenos produtores da região”, informa a Receita.
Doações para entidades
Ainda dentro do quesito sustentabilidade, a Receita Federal do Brasil tem se voltado para a sustentabilidade social também para as doações de vestuários e calçados às prefeituras que, normalmente, com o apoio do Fundo Social de cada município, desenvolve um trabalho de descaracterização desse material.
A Receita informa que, “uma vez atestada a descaracterização, os produtos são doados à população carente do município. Sorocaba e São Roque já solicitaram esse material. Inclusive, Sorocaba receberá, na segunda-feira (17), a nossa presença para atestarmos as descaracterizações efetuadas em uma tonelada de produtos recebidos. A cidade já nos pediu mais duas toneladas”, informou.
Além disso, o órgão federal também faz doações de produtos eletrônicos apreendidos às entidades de ensino superior da região e, também, a algumas prefeituras, como Sorocaba e Tatuí.
No mês passado, a Receita destinou painéis solares a instituições de Ensino Superior do Estado de São Paulo, avaliados em mais de R$ 500 mil, aos campi de Boituva, de Itapetininga, de Salto e de Sorocaba, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, e às Faculdades de Tecnologia de Itapetininga e Itu, do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.
A destinação foi realizada após manifestação de interesse formalizada por meio de ofícios enviados à Receita Federal pelas instituições de ensino. “Os painéis solares serão utilizados em atividades educacionais, tais como cursos de instalação de sistemas fotovoltaicos, servindo como material didático para estudo e aplicação prática em projetos desenvolvidos pelos alunos. Além de incentivar o uso de fontes de energia renovável, a instalação dos equipamentos ajudará a reduzir as despesas de energia elétrica das instituições beneficiadas com a incorporação”, informa a Delegacia da Receita Federal em Sorocaba.
Além disso, a Receita Federal do Brasil também promove leilões de mercadorias apreendidas ou abandonadas em aeroportos e portos do País. (Ana Claudia Martins)
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