O advogado Eduardo de Freitas Santos, acusado de matar sua ex-enteada e suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 2 anos, é considerado foragido da Justiça. Ele residia em Praia Grande e fazia visitas frequentes às cidades de Itapeva e Pilar do Sul. Em 21 de julho, a Justiça emitiu um mandado de prisão preventiva contra ele, acatando pedido do Ministério Público relacionado ao episódio de abuso sexual contra a criança. Em vez de se entregar, Eduardo optou por fugir.

As visitas de Eduardo à família da criança aconteciam esporadicamente, cerca de uma vez por ano. Em julho deste ano, após um desses encontros, a vítima retornou para casa se queixando de dores nas partes íntimas. Os responsáveis levaram a vítima a uma consulta com uma médica pediatra, que confirmou o abuso e elaborou um relatório detalhado sobre o caso.

Diante dessa situação, o Conselho Tutelar de Itapeva agiu, buscando uma medida protetiva na Justiça com base na lei Henry Borel, que determina o afastamento imediato do agressor do lar ou do convívio da vítima em situações de risco iminente à vida ou à integridade dela. A medida foi expedida em 15 de julho.

No sábado (28), surgiram informações sobre uma possível fuga de Eduardo, visto que as autoridades não o encontraram. A reportagem buscou a defesa do réu, representada pelo advogado Marcelo Jorge Ferreira, que alegou ter solicitado a revogação da prisão preventiva. Ferreira também informou que aguarda a resposta de um pedido de habeas corpus em favor de Eduardo.

O acusado foi preso pela Polícia Civil em 24 de novembro de 2021 pelo assassinato da ex-enteada, Anna Carolina Pascuin Nicoletti, que na época tinha 24 anos. O crime ocorreu dentro do apartamento dela, em Sorocaba. Anteriormente, em 2017, ele já havia sido preso sob suspeita de estuprar uma adolescente e divulgar vídeos de natureza sexual com a menor na internet. (Wilma Antunes)