Quarto de bebê tem que ser saudável e seguro

Por Da Redação

Investir em móveis de madeira certificada pode ser mais oneroso, mas além de oferecerem maior durabilidade, ainda são alternativas mais saudáveis.

Com a vinda de um novo integrante para a família, pais e mães passam a se dedicar para deixar tudo pronto para a hora do nascimento. Estocam fraldas descartáveis, escolhem roupinhas, leem livros sobre maternidade e claro, montam um quarto bonito, aconchegante e planejado com muito amor em cada um dos mínimos detalhes. Mas nessas horas, além de pensar no enfeite da porta e na cor da decoração, é preciso se preocupar também em construir um ambiente saudável para o desenvolvimento do bebê.

“As autoridades internacionais alertam, já faz algum tempo, sobre o excesso de substâncias nocivas que estão presentes em quartos de bebê. Sem a preocupação de construir um ambiente verdadeiramente saudável, estamos negligenciando os cuidados com a saúde daqueles que mais amamos”, explica Allan Lopes, fundador e diretor global da Healthy Building Certificate (HBC), empresa especialista na consultoria e certificações de construções, profissionais e produtos saudáveis que atua no Brasil e nos Estados Unidos.

Podendo causar alergias, doenças respiratórias, problemas para dormir, estresse e incômodo para o bebê e até mesmo, em casos extremos, abortos espontâneos, as substâncias nocivas que o especialista se refere podem ser encontradas em produtos comuns utilizados nos dormitórios dos pequenos, como tintas, papéis de parede, carpetes, móveis e colchões. Pensando em garantir a saúde do bebê desde a gestação, profissionais listaram algumas dicas importantes.

Qualidade do ar interno - O ar é essencial para que haja vida, por isso, se preocupar com a sua qualidade é o primeiro passo para a busca de um ambiente mais saudável desde os primeiros momentos da infância. A inalação de compostos, comumente encontrados em tintas, solventes, vernizes, colas para piso e papéis de parede, podem produzir efeitos adversos e diretos na saúde humana, principalmente quando há exposição em concentrações elevadas e por um longo período. Para gestantes e fetos, uma má qualidade do ar pode significar, em casos extremos e mais graves, aborto não intencional e bebês nascidos abaixo do peso, um dos fatores responsáveis pela causa de mortalidade infantil.

Para evitar este tipo de problema, recomenda-se que sejam evitados estes produtos no cômodo. Por isso, na hora de escolher a tinta para pintar o quartinho do bebê, a melhor opção é por aquelas que são livres de elementos tóxicos e à base de água. Para os móveis e colchões, que também podem ser grandes vilões, a dica é a mesma. O quarto deve estar sempre arejado para evitar o acúmulo de fungos e bactérias.

Livre-se dos campos eletromagnéticos - Emitidas por eletrodomésticos e eletrônicos, as ondas eletromagnéticas estão presentes em todo o nosso cotidiano e aparentemente, de acordo com o senso comum, são tidas como inofensivas para o organismo humano, mas não é bem assim que funciona. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% da população mundial é considerada eletrossensível e sofre com os efeitos das ondas no organismo. Os sintomas mais comuns são irritabilidade, insônia e dores de cabeça. Dentre os malefícios de um quarto com muitos aparelhos eletrônicos estão a propensão para o desenvolvimento de distúrbios do sono, alterações de comportamento e disfunção de desenvolvimento dos movimentos finos.

Móveis e utensílios - Uma boa pedida na hora da escolha dos móveis é investir em peças com o máximo de componentes naturais possível. Recomenda-se elaborar a disposição do dormitório com móveis de madeira que possuam certificados FSC ou Cerflor com documento de origem florestal da madeira. Outra dica é manter o quarto o mais fluído possível e sem excesso de móveis e com espaço para circular livremente, assim a rotina na hora dos cuidados com a criança se tornará mais descomplicada também.

Ambiente silencioso - De acordo com estudos divulgados pela Academia Americana de Pediatria, o excesso de barulhos no ambiente pode ocasionar diversas complicações clínicas para fetos e recém-nascidos. Perdas auditivas, problemas de sono e restrição de crescimento podem ser apenas algumas das doenças que bebês estão expostos ao conviver diariamente com ruídos. Se possível, escolha o cômodo que fica mais longe da rua para o dormitório do bebê.

Iluminação - Para garantir um bom sono, tanto para o bebê quanto para a mamãe, é necessário escolher as lâmpadas certas e adequar a iluminação. Evite luzes fortes e brancas, principalmente no primeiro semestre de vida da criança. Além de ser mais confortável aos olhos, lâmpadas amarelas provocam uma sensação mais relaxante.

Hora da limpeza - A limpeza do quarto do bebê é extremamente necessária, mas atente-se aos produtos utilizados. Elimine o uso de produtos com fragrâncias, que são propensos a dar alergia e invista em receitas mais naturais. Outros itens vetados são os carpetes, tapetes muito felpudos e ursos de pelúcia por acumular poeira e não ser prático de limpar. (Da Redação)