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Relicário da Arte Barroca

14 de Maio de 2019 às 13:01

Relicário da Arte Barroca Cidade construída no auge do Ciclo do Ouro preserva prédios, esculturas e monumentos com mais de 200 anos. Crédito da foto: Divulgação

Joia encravada nas montanhas de Minas Gerais -- a 750 quilômetros de Sorocaba --, Ouro Preto oferece uma imersão na história e na cultura do país. A “Cidade Imperial” foi construída por artistas e escravos no auge do Ciclo do Ouro -- final do século 18 --, para ser sede do governo provincial. Seu estilo barro único lhe vale fama no mundo inteiro e o tombamento, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como Patrimônio da Humanidade.

Mesmo perdendo o status de capital em 1897, tornou-se o maior relicário da arquitetura barroca brasileiras. Além de visitar o passado distante, presente nas ruas, palácios, igrejas e casarios, o turista ainda pode conhecer museus, como o da Inconfidência, imponente construção recheada de arte, igrejas antiquíssimas, chafarizes e paisagens deslumbrantes.

Igrejas

Relicário da Arte Barroca Igreja de São Francisco de Assis, projetada por Aleijadinho. Crédito da foto: Divulgação

As igrejas são um espetáculo à parte em Ouro Preto. Destinos obrigatórios são a Igreja da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis, primeira ordem criada em Vila Rica. Foi fundada em 9 de janeiro de 1746, na Capela de Bom Jesus dos Perdões (atual Mercês e Perdões) e agrupava os mais importantes membros da sociedade da época. Dez anos mais tarde já contava com muitos adeptos que, desde 1751, passaram a se reunir na matriz de Antônio Dias. Por volta de 1752 cogita-se a construção do seu próprio templo, iniciada em 1765. Com projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o templo atesta a evolução no emprego da curva e contracurva, que afeta, sobretudo a nave e a fachada, introduzindo um tipo completamente novo na arquitetura. O prédio, considerado a obra-prima da arte colonial brasileira, ficou pronta em 1771.

Outro endereço imperdível é a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Iniciada em 1756, a obra demorou 28 anos para ficar pronta. Toda a decoração e o pórtico foram obras de Aleijadinho, seus oficiais e de seu discípulo, Justino Ferreira de Andrade. A planta da igreja é curva na parte da frente. Manoel da Costa Ataíde é autor da pintura e douramento dos retábulos e do risco do altar mor. As pinturas dos forros da nave e capela são obras do pintor italiano Ângelo Clerici.

Chafarizes

Relicário da Arte Barroca Antes usados para abastecer, chafarizes viraram obras de arte. Crédito da foto: Divulgação

Cartões-postais de Ouro Preto, os chafarizes e as fontes que antigamente abasteciam a população adquiriram status de obras de arte são visitas imperdíveis. O principal deles é o Chafariz do Museu da Inconfidência, inaugurado em 1846, em homenagem ao 21º aniversário de D. Pedro II.

Além do centro histórico, as montanhas rochosas que cerca a cidade foram paisagens deslumbrantes, com destaque para o Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas.

Museus

Ocupando a antiga Casa da Câmara e Cadeia, o Museu da Inconfidência está localizado na Praça Tiradentes, tendo a edificação se estendido de 1784 até 1846. Seu acervo reúne documentos e objetos que evocam a Inconfidência Mineira, além de um amplo conjunto de obras profanas e sacras. Lá estão também os despojos dos inconfidentes.

Relicário da Arte Barroca Cidade tem cenários como Parque Cachoeira das Andorinhas. Crédito da foto: Divulgação

Vale a pena uma visita ao Museu Claude Henri Gorceix, de mineralogia. Seu acervo encerra mais de 20 mil amostras minerais procedentes de todas as partes do mundo, muitas delas raras.

Compras

Para quem gosta de compras, uma boa opção é “A Feirinha de Pedra Sabão”, a Associação de Expositores do Largo do Coimbra (Adelc) reúnem-se desde 1995 em frente à igreja de São Francisco de Assis para comercializar e expor suas obras. Fontes históricas apontam que o espaço no qual se encontram os feirantes era um “entreposto” para trocas e vendas de mercadorias e serviços desde 1824. (Da Redação, com agências)

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