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Pandemia muda o foco dos turistas

16 de Fevereiro de 2021 às 00:01

Pandemia muda o foco dos turistas Novo turista substitui a exploração do destino pela exploração da habitação. Crédito da foto: Divulgação

Novo perfil - Um estudo desenvolvido no mês de janeiro de 2021 por agências de turismo revelou que a experiência de viagem migrou da exploração do destino para a exploração da habitação, o restabelecimento da saúde mental e o estreitamento dos relacionamentos. Viajar sem “tirar férias” prevaleceu e teve forte influência na escolha do destino e do imóvel, tendência que também é observada nos dados do Google Trends, que mostram como o interesse por “férias” nas buscas on-line despencou e deu lugar a aumentos expressivos em “pousadas” e “Airbnb”.

Imóveis afastado - Com o aumento do interesse pela habitação, a escolha do imóvel para locação por temporada passou a ser mais criteriosa e com preferência por casas afastadas dos grandes centros e que reduzem a sensação de clausura, com áreas abertas, mas privadas. Entre os principais destinos dentro de São Paulo que se destacaram em viagens rodoviárias estão Santos, São Vicente, Mongaguá e Peruíbe, no litoral; e alguns pontos do interior, como Piracicaba, Holambra e Sorocaba.

Transporte opcional - A pesquisa realizada pelas agências de turismo no mês passado também revelou dois fenômenos observados a partir da diminuição das viagens aéreas: os voos mais longos, principalmente conectando o Sudeste ou Norte/Nordeste, ganharam relevância; e houve um aumento também do movimento de aeroportos regionais para capitais, como as rotas Sobral/Jericoacoara para Fortaleza.

Sudeste-Norte/Nordeste - Segundo o levantamento, os voos que mais ganharam relevância durante a pandemia envolvem o corredor Sudeste-Norte/Nordeste. Os dois primeiros são a ida e volta de um mesmo trecho: Recife e Rio de Janeiro por Santos Dumont. No top 10 ainda estão voos que chegam a Campinas (SP) saindo de Macapá, Porto Velho, Palmas e São Luiz. Do mesmo corredor também estão os trechos Teresina-Congonhas (SP) e Ribeirão Preto (SP)-Salvador. Além disso, enquanto trechos menores de avião -- como a ponte aérea RJ-SP -- despencaram em popularidade, o aluguel e a compra de carros aumentou muito, principalmente usados.