Olinda é muito mais do que Carnaval

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Cidade possui praias para todos os gostos, das mais badaladas e urbanas às isoladas. Crédito da foto: Divulgação

Igrejas centenárias e prédios históricos atestam a riqueza da arquitetura colonial brasileira. Crédito da foto: Divulgação

Sim, Olinda tem Carnaval animado, frevo frenético e tantas outros sinônimos de folia. Porém, engana-se quem imagina que a cidade pernambucana seja um destino interessante apenas durante o verão. Ao contrário, ela oferece atrações o ano inteiro, principalmente quando as temperaturas começam a baixar nos outros cantos do Brasil.

Localizada a dez minutos do Recife -- a capital de Pernambuco --, Olinda é tombada pela Unesco, como Patrimônio da Humanidade. Atraídos pela arquitetura quatrocentista única e pela natureza exuberante, a cidade recebe diariamente centenas de visitantes. São brasileiros e estrangeiros dos quatro cantos do planeta, que sobem e descem as ladeiras íngremes e percorrem as ruas estreitas em busca das belezas incomparáveis.

Além de seu passado de lutas libertárias, do casario colonial e da bela paisagem, Olinda oferece ao visitante uma rede de bons restaurantes, bares e hotéis e já figura, inclusive, como novo polo gastronômico da Região Metropolitana do Recife, atraindo tanto turistas quanto moradores das cidades circunvizinhas. Vale uma visita aos bares noturnos da orla e experimentar os vários pratos típicos, como o coelho acompanhado de arroz e feijão verde.

Cultura e contemplação

Quem vai a Olinda também desfruta de outros aspectos turísticos importantes, como a vitalidade cultural que a cidade costuma mostrar. São inúmeros eventos, criando na cidade um clima de festa que dura o ano inteiro.

Além disso, a cidade tem uma incrível vocação para o lazer contemplativo. Seja do alto de suas colinas, ou das calçadas da orla marítima as paisagens que se descortinam fazem jus ao que cantou o poeta Carlos Pena Filho, em seu poema “Olinda”.

Farol é um dos locais mais visitados de Olinda. Crédito da foto: Divulgação

A cidade também oferece ao visitante a oportunidade de conhecer obras de artistas plásticos de renome internacional, como Guita Charifker, João Câmara, Tereza Costa Rego e outros artesãos anônimos, espalhados nos 71 ateliês existentes na localidade.

Um dos cartões-postais de Olinda é seu Farol. O Farol de Olinda, como é conhecido, foi construído originalmente sobre o Fortim Montenegro e foi aceso pela primeira vez em 1872. Visível a 12 milhas, o equipamento atual foi construído em 1941, no Morro Serapião. Por se destacar na paisagem, tornou-se um dos principais marcos da cidade.

Na Caixa D’Água, no Alto da Sé, o turista tem uma visão privilegiada de Olinda. Construída em 1934, com projeto do arquiteto Luis Nunes, a Caixa D’Água é um marco da arquitetura moderna brasileira. Neste projeto, pela primeira vez, foi utilizado formas e modelações revolucionárias. Reformado recentemente, o edifício, de 20 metros de altura ganhou elevador panorâmico e foi transformado num mirante, que permite ao visitante uma vista de 360 graus para as duas cidades irmãs: Olinda e Recife. O espaço interior foi requalificado para exposições e outras atividades de apoio à visitação turística.

Cidade das igrejas

Em Olinda existem mais de dezoito igrejas e nichos sagrados. Vale a pena tirar umas horinhas para explorá-las. Se não tiver muito tempo disponível, comece pela Igreja do Carmo. Construída em 1580 como Capela de Santo Antônio e São Gonçalo, com a chegada dos Carmelitas em 1581, iniciou-se a construção das novas instalações, as mais antigas da Ordem dos Carmelitas das Américas.

Em 1720, graças aos esforços dos portugueses, o edifício foi reconstruído. Sua modulação obedeceu ao estilo barroco da época. O altar-mor possui três nichos: o mor, com a imagem da padroeira em estilo barroco e as laterais, dedicados aos santos fundadores da Ordem dos Carmelitas (Santo Elias e Santo Eliseu). Além das belas cadeiras usadas pelo coral, existem vários quadros a óleo sobre madeira, pintados pelos frades, que representam uma boa mostra dos trabalhos feitos pelos religiosos da época. Na frente do prédio, pode-se ver o terceiro cruzeiro existente na Primeira Capital Brasileira da Cultura.

Cidade possui praias para todos os gostos, das mais badaladas e urbanas às isoladas. Crédito da foto: Divulgação

Não deixe de conhecer o conjunto do Convento de São Francisco, também formado pela Igreja de Nossa Senhora das Neves e pela Capela de São Roque. Localizado na Ladeira de São Francisco, no Carmo, começou a ser construído em 1585, sendo incendiado pelos invasores holandeses e reconstruído no século 17.

O Mosteiro de São Bento é o segundo construído em terras brasileiras. Sua construção data do Século 16 e possui uma característica peculiar que é a de ser São Bento, ao mesmo tempo, padroeiro da Abadia e do Mosteiro. O Mosteiro não passou despercebido dos invasores holandeses e foi destruído pelos mesmos em 1631. Por esse e por outros motivos a construção não possui um estilo arquitetônico definitivo. A fachada da igreja é composta por um brasão e uma torre sineira do Século XVIII. Destaca-se também o requintado altar-mor com arquivoltas do barroco brasileiro.

Tudo isso, sem falar nas inúmeras praias que podem ser frequentadas 365 dias por ano. (Da Redação, com Secretaria de Turismo de Olinda)