O que é o selo Turismo Responsável?
Lançado pelo Ministério do Turismo em junho de 2020, o selo Turismo Responsável é um programa que estabelece práticas de boa higienização para cada segmento do setor, adotando os protocolos específicos recomendados para reduzir as chances de disseminação da COVID-19.
Além de ampliar os critérios adequados para atender turistas e diversos profissionais do setor, esse selo busca definir quais práticas devem ser adotadas por estabelecimentos turísticos — desde serviços de hospedagem até transporte, eventos e restaurantes — a fim de retomar gradualmente as atividades turísticas.
Mesmo cinco meses após o início oficialmente registrado da pandemia no país, o Brasil ainda não conteve a disseminação da COVID-19 em seu território. Enquanto a quarentena ainda perdura, você pode começar a planejar a sua próxima viagem. Antes de comprar o bilhete para a viagem de ônibus ou de avião, confira mais informações sobre esse selo.
Funcionamento
Para obter o selo Turismo Responsável, empresas do setor turístico devem entrar no site da iniciativa, hospedada no site do governo federal, e conferir quais são as orientações básicas. Em seguida, as empresas devem se cadastrar ou estar com a inscrição regularizada no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos).
Por fim, a instituição atuante no setor turístico deve imprimir o selo que será disponibilizado no site da iniciativa e colado na entrada do estabelecimento — ou em um local de fácil acesso aos clientes. O selo impresso contém um QR Code que os turistas podem consultar para verificar quais medidas estão sendo adotadas por aquele empreendimento turístico.
A ideia por trás desse código é que os turistas possam fiscalizar se os protocolos indicados pelo Ministério da Saúde estão sendo adotados. Criado em parceria com entidades do setor turístico, os protocolos foram chancelados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a partir de medidas adotadas pelo Ministério da Saúde.
Segmentos atendidos e prescrições
O selo foi destinado a 15 segmentos turísticos, entre eles: guias e agências de turismo, meios de hospedagem, transportadores públicos, parques temáticos e aquáticos, organizadores de eventos, restaurantes, cafés, bares e similares, acampamentos turísticos, empreendimentos de entretenimento, turismo náutico e casas de espetáculo.
Cada segmento tem algumas prescrições específicas para as suas atividades. Além disso, existem os protocolos básicos que incluem, entre outras medidas: lavar e desinfectar as superfícies onde pessoas circulam, medir a temperatura dos clientes na entrada dos estabelecimentos, manter janelas abertas, além de disponibilizar álcool 70%, na forma líquida, gel, spray e lenços umedecidos.
Entre os protocolos específicos, podem-se citar: obrigatoriedade de colocar sinais indicativos do número máximo de pessoas permitidas no interior do estabelecimento, com objetivo de garantir o distanciamento mínimo de 1,5 metros entre as pessoas, uso obrigatório de máscaras para todos os funcionários e descarte correto de máscaras, evitar o compartilhamento de equipamentos como rádios por guias.
Impactos da pandemia
A United Nations World Tourism Organization (UNWTO), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) e principal organização internacional do setor, estima que o fluxo internacional de turistas deverá apresentar uma queda de 22% em 2020 em função da pandemia. A UNWTO também estima que a COVID-19 pode por em risco entre 100 e 120 milhões de empregos no setor turístico.
O impacto da pandemia sobre o setor turístico de cada país depende da participação das receitas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. Enquanto em Portugal e na Espanha essa porcentagem corresponde a 13,7% e 12,3%, no Brasil, o valor é de 3,7%. Em algumas ilhas ou cidades-Estado, o peso do turismo sobre a riqueza nacional é maior — como ocorre em Aruba, no Caribe (32%).