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Saúde

Brasil registra 2,3 mil casos confirmados de sarampo em três meses

28 de Agosto de 2019 às 21:37

Aumento do número de casos de sarampo leva Ministério da Saúde a reforçar imunização em 13 Estados

Aumento do número de casos de sarampo leva Ministério da Saúde a reforçar imunização em 13 Estados. Crédito da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (28) confirma 2.331 casos de sarampo no país nos últimos três meses. O número representa um aumento de 38,75% em relação ao último boletim. Ainda conforme o Ministério, foram descartados 1.294 casos suspeitos. No entanto, outros 10.855 seguem em investigação por equipes de secretarias de saúde.

Esta semana, a primeira morte provocada pela doença foi confirmada em São Paulo. Em virtude da evolução do surto no País, a pasta anunciou a aquisição de mais 18,7 milhões de doses de vacina contra o sarampo. Em entrevista coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, reiterou a intensificação da imunização com foco em crianças e adultos jovens. Além disso, ele anunciou ações para conter a disseminação do vírus.

 

São Paulo é o epicentro do surto, onde foram confirmados uma morte e 2.299 casos – 98% do total. Em seguida vêm Rio de Janeiro (12), Pernambuco (5), Santa Catarina (4) e Distrito Federal (3). Além destes, oito Estados têm um caso cada: Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Goiás e Piauí. De acordo com o boletim, os registros se distribuem em 87 municípios dessas 13 unidades federativas.

Estabilização dos casos de sarampo

Apesar da evolução do número, Wanderson Oliveira avaliou que o quadro da doença no Brasil tende a uma estabilização. De acordo com o secretário, o número ainda é menor do que no ano passado. Por isso, acredita que as ações de imunização devem surtir efeito na mitigação da disseminação do vírus.

“Secretarias de saúde fizeram muitos bloqueios vacinais, que foram fundamentais para poder dar tranquilidade. Baseado numa projeção dos casos, temos uma pequena tendência de redução. A Secretaria de Saúde de São Paulo, por exemplo, relatou essa tendência para nós”, declarou Oliveira. Ademais, o gestor destacou a redução do número de municípios paulistas com casos confirmados na comparação com o boletim anterior.

Imunização é a prioridade

O secretário afirmou que a estratégia da pasta não envolve campanhas de vacinação, mas intensificação das ações de imunização. Isso porque, de acordo com ele, não haveria “economicidade” de campanhas em razão do estoque de doses do país. Anualmente, para vacinação de rotina, são disponibilizadas 30 milhões de doses. Além disso, em razão do surto atual de sarampo, já haviam sido adquiridas 10 milhões de doses adicionais.

Nesta quarta-feira (28), o governo anunciou mais 18,7 milhões de doses, totalizando 28,7 milhões complementares ao estoque de rotina. Porém, o volume será empregado este ano e também em 2020. Para conter o surto atual, o foco das ações de imunização serão adultos jovens e crianças de até 1 ano. Afinal, estes são os públicos considerados mais vulneráveis e com maior incidência do vírus.

Público mais vulnerável

Conforme Oliveira, a intenção é imunizar 1,4 milhão dos 2,9 milhões de bebês com idade entre 6 meses e 11 meses e 29 dias. Aliás, na semana passada, 1,6 milhão de vacinas para uma dose adicional chamada “dose zero” foi destinada a esse público-alvo. O material começou a ser distribuído aos Estados esta semana. De acordo com o ministério, São Paulo deve receber 990 mil doses.

Oliveira lembrou que, além da dose zero, crianças devem tomar a vacina contra o sarampo aos 12 meses e aos 15 meses. Porém, no caso de adultos jovens, com idade entre 20 e 29 anos, é importante conferir se estão imunizadas adequadamente. Caso não estiverem, devem regularizar a situação. A orientação vale sobretudo para a Região Metropolitana de São Paulo.

De acordo com o ministério, pela rotina de imunização estabelecida, pessoas com até 29 anos devem já ter recebido duas doses contra a doença. Já quem tem entre 30 e 49 anos deve ter tomado pelo menos uma dose. O secretário ponderou, contudo, que não há necessidade de corrida aos postos de saúde e que a regularização pode ser feita tranquilamente. (Agência Brasil)

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