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Isolamento também muda a rotina de pets

22 de Abril de 2020 às 00:01

Passeios diários devem acontecer mas com horário reduzido. Crédito da foto: Pixabay.com

Em tempos de quarentena, mudanças de rotina são de suma importância e a situação também afeta os animais de estimação. Passeios na rua são necessários, mas devem ter duração reduzida e é preciso tomar alguns cuidados na volta para a casa, orienta a veterinária Adriana Souza do Santos.

Segundo ela, uma mudança abrupta na rotina do animal não é recomendada, pois pode causar estresse ao bichinho, sobretudo se o pet não faz as necessidades dentro de casa. “Um cão, por exemplo, que tem uma rotina de sair e fazer as necessidades durante o passeio, ao simplesmente deixa de ir passear, pode se recusar a fazer coco e xixi dentro da casa ou quintal. O problema é que, assim como ocorre com os seres humanos, conter as necessidades fisiológicas por muito tempo pode causar infecções prejudiciais à saúde”, alerta.

Por isso, segundo a especialista, não podemos isolar os pets ou deixar de manter contato com eles, salvo se o tutor for diagnosticado com coronavírus. “Cães e gatos não transmitem Covid-19 para os humanos de forma direta, mas se uma pessoa estiver com o vírus nas mãos e acariciar o pet, outra pessoa que tiver contato com o mesmo animal poderá se infectar”, explica. “Por essa razão, todo método preventivo é válido, além disso não descartamos a possibilidade de uma nova mutação desse vírus, capaz de ser um potencial zoonótico entre pets e seres humanos no futuro”, salienta.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) junto com a Associação Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (World Small Animal Veterinary Association - WSAVA) publicou uma série de recomendações para os tutores seguirem durante a pandemia. A primeira recomendação é que os passeios ocorram, mas de forma breve e que sejam em áreas ao ar livre e sem aglomerações de pessoas.

A socialização com outros animais ou mesmo com outros tutores não é recomendável neste momento, alertam as entidades.

O mais indicado é que apenas um tutor fique responsável por passear com o cãozinho; se o animal tiver apenas um tutor e este estiver infectado, o ideal é que o pet fique na casa de um familiar ou amigo de confiança.

Ao voltar dos passeios, passe um lenço umedecido no pelo e nas patas do animal. Existem lenços antissépticos para pets, mas na falta deles é possível usar um sabão neutro comum ou lenço de bebê;

Quem tem gato deve evitar as saidinhas e manter o animal em casa sempre que possível, recomendam as entidades. Para eles, a casa deve ter arranhadores e ambientes suspensos e propícios para que eles se sintam confortáveis. Após as brincadeiras, lave bem com água e sabão os objetos como bolinhas, bichinhos de borracha, entre outros;

Por último, as recomendações é para que os tutores evitem beijos, abraços e lambidas, assim como o dormir com os pets. E, por último, mas não menos importante, higienize bem as mãos após os passeios e interações com seu animalzinho. (Da Redação)

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