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Doença na retina pode levar à cegueira

25 de Outubro de 2018 às 09:00

Doença na retina pode levar à cegueira Ao menor sinal de alteração na visão, como sombras ou perda de nitidez, é recomendável consultar um médico. Crédito da foto: Divulgação

No Brasil estima-se que uma a cada quatro mil pessoas possua alguma das doenças consideradas raras relacionadas à retina e milhares perdem a visão no País por problemas ligados à retina. Com a idade, as doenças podem se agravar. O alerta dos especialistas é de que o olho deve ter os mesmos cuidados que o coração e outros órgãos. São inúmeras as doenças que afetam a retina, responsável pela formação de imagens. Todas elas, se não tratadas, levam à cegueira.

Ao menor sinal de alteração na visão, como sombras ou perda de nitidez, especialmente após um trauma, é preciso consultar um médico, segundo o oftalmologista Minoru Fujii, especialista em retina. “Mas é fundamental cuidar dos olhos ao longo da vida. Os óculos escuros, de locais especializados, ajudam muito. É como usar protetor solar para proteger a pele. O mesmo deve ser feito com os olhos, e os óculos protegem contra a ação do sol.”

Uma das doenças que afetam pessoas, já a partir dos 50 anos, é a DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), doença da mácula, área da retina responsável pela visão de cores e detalhes, que leva à perda progressiva da visão central. Porém, uma pesquisa da oftalmologista Carina Costa Cotrim, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), recuperou a visão de pacientes idosos, com essa doença, na forma seca (menos agressiva que a úmida), utilizando células-tronco. “Avaliamos tratamento para a DMRI seca. É claro que, obtendo bons resultados, abre possibilidade para ampliar para outras enfermidades, uma vez que essas doenças degenerativas da retina se comportam de forma semelhante, evoluindo com a morte das células retinianas”, afirma Carina.

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é também bastante comum em idosos, porém não ocorre exclusivamente nesta faixa etária. Essa doença da retina está relacionada ao tempo de diabetes e descontrole da glicemia. Pode ser muito grave e levar à cegueira, segundo a oftalmologista Lisia Aoki, do Hospital das Clínicas. “É importante a consulta periódica com oftalmologista para exame de fundo de olho em idosos. Um diagnóstico precoce permite controle e pode evitar perda visual grave e irreversível.”

Há também casos de doenças raras da retina e seu caráter hereditário: Provenientes de herança genética, como a retinose pigmentar, a doença de stargardt, a coroideremia e a amaurose congênita de leber são bem menos numerosas que a retinopatia diabética ou a DMRI.

Além de raras, essas doenças hereditárias são complexas e seu diagnóstico depende do conhecimento das mutações genéticas que acometem um paciente. Os sintomas que levam ao diagnóstico dessa doença são dificuldades na visão noturna, redução do campo visual lateral (na retinose pigmentar) ou central (na doença de stargardt), levando à dificuldade de andar na rua ou de ler (quando a visão central é atingida). (Da Redação)