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Saúde

Síndromes respiratórias aumentam

Vacinação contra Covid-19 avança, mas casos crescem nesse tipo de problema, segundo Fiocruz

08 de Dezembro de 2021 às 00:01
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Entre adolescentes e jovens adultos, os casos se mantêm majoritariamente ligados à Covid-19.
Entre adolescentes e jovens adultos, os casos se mantêm majoritariamente ligados à Covid-19. (Crédito: HATICE EROL / PIXABAY)

O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresce, na tendência de longo prazo, em praticamente metade das unidades da Federação, segundo a última edição do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quarta-feira passada (1º). A maioria das ocorrências tem relação à Covid-19 e se concentra na faixa dos 10 aos 29 anos de idade, na qual há menos pessoas totalmente imunizadas.

A alta foi registrada em Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. A tendência de aumento é especialmente mais forte no Pará, no Ceará e no Rio de Janeiro. No último, uma epidemia de gripe pode agravar o quadro.

Os números são referentes à semana epidemiológica de número 47 (de 21 a 27 de novembro), com base em dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe até 22 de novembro. “Na população com mais de 30 anos, o crescimento é relativamente pequeno”, diz o pesquisador Daniel Vilela.

Relação com a Covid

No caso das crianças (0 a 9 anos), os resultados sobre os casos apontam predomínio de vírus sincicial respiratório (VSR). Já entre adolescentes (10 a 19 anos) e jovens adultos (20 a 29 anos) se mantêm majoritariamente ligados à Covid-19.

“Com o avanço da vacinação, o número de casos vinha caindo”, disse Vilela. “Nas últimas semanas, no entanto, houve uma desaceleração da queda e, agora, ligeiro aumento; não um aumento como no início da pandemia, mas um que inspira cuidados.” Para ele, os mais jovens são, justamente, os que voltaram a circular com maior liberdade e também os menos vacinados, porcentualmente

No Rio de Janeiro, a maior parte do aumento se deu entre crianças e jovens adultos. O Pará apresenta sinal de crescimento em todas as faixas etárias desde o início de novembro. A situação é similar no Ceará.

A alta de SRAG entre crianças e jovens adultos no Rio de Janeiro pode estar ligada ao aumento de casos de síndrome pelo vírus influenza A. Vilela ressalta que é preciso esperar algumas semanas para que os casos de gripe entrem no banco de dados do Sivep.

O novo Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, também divulgado no dia 1º, aponta tendência de estabilização dos principais indicadores de transmissão. Apesar disso, os pesquisadores ainda recomendam manter os protocolos de distanciamento físico, higienização das mãos e uso de máscaras, sobretudo em locais fechados. (Estadão Conteúdo)