Crianças não votam, mas podem e devem debater as eleições
O Cruzeirinho de hoje traz um tema considerado chato muitas vezes, mas é bem importante, porque influencia diretamente na vida de todos os cidadãos brasileiros: as eleições. E apesar das crianças não poderem votar, precisam se inteirar do assunto, afinal fazem parte da sociedade e as decisões dos políticos eleitos podem refletir no seu dia a dia também! Mas como? Os políticos eleitos podem criar ou alterar leis que modifiquem coisas na educação, na infância, no meio ambiente, na saúde... Por isso é bom você ficar ligado no tema!
As eleições ocorrerão no dia 7 de outubro de 2018, um domingo. O presidente é eleito pelo sistema majoritário, com possibilidade de segundo turno. Ou seja, para ganhar a eleição, ele precisa receber mais de 50% dos votos válidos. Se ninguém conseguir atingir essa marca no primeiro turno, os dois candidatos mais votados concorrem no segundo turno, que já está marcado para o dia 28 de outubro, que também cai num domingo.
Neste pleito serão eleitos o presidente e o vice-presidente, assim como membros do parlamento: deputados federais, estaduais, senadores e governadores dos Estados e do Distrito Federal. Brasileiros dos 18 aos 69 anos são obrigados a votar. Esse direito é facultativo para quem tem 16, 17 ou mais de 70 anos.
Propostas
O cientista político Olavo Furtado, professor de Sociologia e Direito na Universidade de Sorocaba (Uniso) explica um pouco sobre o assunto. Conforme ele, as pessoas optam por votar em um candidato e não em outro, por causa das propostas apresentadas. Ou seja, as pessoas escolhem de acordo com o que querem para o País. “Na realidade não se vota em políticos, mas em valores. Quando alguém diz que político é corrupto, é porque tem como valor prezar pela honestidade. Isso é um princípio, uma postura”, diz o professor. Ainda conforme Olavo, se alguém diz que não gosta de um candidato, é por causa de valores específicos que afastam esse ou aquele político.
Para Olavo, o ideal é manter valores que não sejam individualistas, mas que pensem no bem coletivo. Durante a semana passada, estudantes do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Uirapuru vieram conhecer o jornal Cruzeiro do Sul e conversaram com a reportagem a respeito de política.
Entre as diversas falas, disseram que querem ver melhoria para as escolas públicas e para a Educação de modo geral; querem também que os candidatos sejam verdadeiros; que tenha alguma campanha ensinando cidadania para as pessoas tomarem mais cuidado com o que fazem, como por exemplo jogar lixo no chão. Os alunos mostraram que sabem muito de política e que querem viver num País melhor.
Você sabe o que faz o ocupante de cada um dos cargos públicos?
Presidente da República: O presidente é a autoridade máxima da política brasileira. Ele acumula duas funções importantes: chefe de governo e chefe de Estado. Como chefe de governo, é responsável por decisões como gerir a administração federal, criar políticas públicas e programas governamentais, sugerir leis, dentre outras atividades. Já como chefe de Estado, é o representante máximo do País perante o mundo. É quem recebe autoridades estrangeiras e representa o país no exterior.
Vice-presidente: Caso o presidente eleito e empossado esteja ausente do País, quem assume a chefia da República é o vice-presidente, seguido do presidente da Câmara dos Deputados, do presidente do Senado e do presidente do Supremo Tribunal Federal, o último na linha de sucessão.
Senador: O senador faz parte do parlamento, formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados (federais), ou seja, o Congresso Nacional. Como parlamentares federais, senadores e deputados têm várias funções em comum, mas há algumas diferenças. Enquanto os deputados representam a população, os senadores representam as unidades da federação (Estados e Distrito Federal). Os projetos de lei do presidente que chegam à Câmara dos Deputados, precisam passar pela revisão do Senado. E os projetos feitos pelos senadores precisam passar pela revisão da Câmara. No entanto o senador é que é o único que pode suspender a execução de leis declaradas inconstitucionais.
Deputado federal: O deputado federal tem como atribuições legislar e fiscalizar. Cabe a ele propor, discutir e aprovar leis, que podem alterar até mesmo a Constituição. É também o deputado federal quem aprova ou não as medidas provisórias, propostas pelo presidente. São os deputados federais que aprovam o Orçamento da União, ou seja, as despesas do governo federal.
Governador: O governador deve representar o Estado em todas as suas relações, sejam elas jurídicas, políticas ou administrativas. Também defende os interesses do Estado junto ao presidente. O governador possui a função de articulação política tanto com a esfera federal, quanto com os municípios.
Deputado estadual: O deputado estadual tem a tarefa de fiscalizar os atos dos governadores e secretários de Estado e de legislar em âmbito estadual. Pode propor ou revogar leis que estejam em vigor, desde que não invada a competência da União e dos municípios. É quem discute a elaboração do orçamento do seu Estado, distribuindo a verba conforme cada área de interesse público, como saúde, educação, cultura, entre outros.
(Com informações do site Politize! www.politize.com.br)