Brinquedo e poesia

Por

Crédito da foto: Divulgação

Crédito da foto: Divulgação

Vanessa Marconato Negrão

Tente pensar nos seus brinquedos e brincadeiras preferidos. Os meus eram: amarelinha, bola, cata-vento, casinha debaixo da primavera florida, bolinho de terra enfeitado com flor, catar minhoca ao amanhecer quando a terra ainda estava úmida com o orvalho da noite, boizinho feito com coração de bananeira e muitos outros.

Que delícia ver a vida ao lado das nossas distrações mais amadas. Mas não é só quando crianças que podemos brincar. Arrisco dizer que a felicidade pode ser medida pela capacidade que temos de encontrar as pequenas alegrias da infância depois que já crescemos. E mais: os 50 primeiros anos da infância são os mais bonitos!

O querido autor Leo Cunha bem sabe disso e buscou, lá na sua memória de criança, os brinquedos que o encantavam e as brincadeiras que o levavam para a rua. Fez dessas brincadeiras um livro de poesia. “Brincar com as palavras – seus sentidos, seus sons, seus silêncios – é uma grande parte da minha vida”, ele diz.

Cada uma falando de um brinquedo ou brincadeira. As ilustrações, de rara beleza, foram feitas por Anna Cunha. “Só de brincadeira” tem poesia pra encantar todas as infâncias e é publicado pela Editora Positivo.

Vanessa Marconato Negrão é professora e apaixonada por literatura infantil.

Vou antecipar a minha preferida para vocês:

Faz de conta

Um elevador

Que leve

um elefante.

Uma boléia

Que leve

uma baleia.

Uma dinamite

que leve

um dinossauro.

Um helicóptero

que leve

um hipopótamo.

Que leve

a imaginação

Que leve!

Leo Cunha