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Educação nas eleições: atenção nas propostas e cuidado com fake news

19 de Setembro de 2018 às 20:00

A reforma do ensino médio, a cobrança de mensalidades na universidade pública, o investimento na formação e valorização dos professores e um olhar mais atento para a educação infantil, que não se concentre apenas na questão da abertura de vagas em creches. Esses temas, que vêm sendo discutidos por educadores, merecem atenção por parte de toda a sociedade. Em tempos de eleições, a população deve ficar atenta à proposta dos candidatos com relação a esses assuntos. É o que foi abordado no 2º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, dias 6 e 7 de agosto em São Paulo, pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca).

Na ocasião, foram debatidas possibilidades de coberturas jornalísticas com foco na Educação. Para a sociedade, vale o alerta para prestar atenção ao que os candidatos dizem a respeito do tema.

Marcelo Beraba. Foto: Alice Vergueiro / Cortesia

Marcelo Beraba, diretor da sucursal de Brasília do jornal O Estado de S. Paulo, é envolvido profissionalmente com cobertura eleitoral desde 1989, e afirmou que a campanha de 2018 tem características sem precedentes em virtude da sobreposição de crises (política, econômica e social) e do fator Operação Lava Jato. Como resultado disso, Marcelo comentou que há um problema ainda mais grave, que é a crise da própria democracia. E ressaltou que os programas de governo não são levados a sério no Brasil. “Aliás, a maioria dos candidatos sequer tem um”, disse. Ainda que não haja garantias de que serão efetivamente implementados, Marcelo lembra que funcionam como um compromisso mínimo para ser cobrado.

Greg Toppo. Foto: Alice Vergueiro / Cortesia

Durante o seminário, as fake news também tiveram seu espaço para discussão. O palestrante Greg Toppo, presidente da Education Writers Association (EWA), entidade que serviu de inspiração para a criação da Jeduca, cobriu, com foco em educação, a corrida eleitoral que terminou com a vitória de Donald Trump, em 2016. Ele citou que a avalanche das fake news na eleição presidencial americana acendeu um alerta vermelho naquele país. Toppo disse que conversa muito com professores e acredita que agora é o momento apropriado para ensinar educação midiática nas escolas. “Estudantes de hoje já têm uma capacidade midiática grande, são sofisticados, podem entender e fazer política. É com essa geração que devemos nos preocupar”, afirmou.

A reportagem foi ao congresso a convite da Jeduca e da Fundação Itaú Social, uma das empresas patrocinadoras do evento.

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