Campus da Unesp em Sorocaba tem 20 alunos estrangeiros

Por Ana Claudia Martins

“É uma troca de experiências muito grande entre eles”, diz o professor Sandro Donnini Mancini. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (7/10/2019)

Os alunos estrangeiros da Unesp Sorocaba e Lilian Helena Mathilde, responsável pelo escritório de relações internacionais do campus. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (7/10/2019)

Entre os atuais 600 estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Sorocaba, cerca de 20 são estrangeiros. Desde 2013, a Unesp Sorocaba tem atraído cada vez mais alunos de outros países para fazer estágios e cursos de graduação e pós-graduação no campus da cidade, que fica na avenida Três de Março, 511, no Alto da Boa Vista.

Atualmente, os alunos estrangeiros são de nove países diferentes e contam que escolheram estudar no Brasil porque tinham curiosidade de conhecer um país com uma cultura tão diversificada quanto a brasileira.

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Segundo Lilian Helena Mathilde, responsável pelo escritório de relações internacionais da Unesp Sorocaba, a maioria dos estudantes estrangeiros recebe bolsa como auxílio para estudar fora. “Eles fazem estágios, cursos de graduação e de pós, de mestrado e doutorado, entre as opções de ensino oferecidas pela universidade”, conta.

Já o professor Sandro Donnini Mancini, que orienta alguns alunos nos cursos de pós-graduação, afirma que como o campus da Unesp em Sorocaba é pequeno e não possui uma grande quantidade de estudantes, a integração dos estrangeiros com os demais universitários é mais fácil.

“É uma troca de experiências muito grande entre eles. Como muitos falam inglês, eles conseguem se comunicar apesar das diferentes nacionalidades e aos poucos vão aprendendo a língua portuguesa no contato com os professores e no dia a dia com os demais alunos”, diz. Entre os estrangeiros que estudam na Unesp Sorocaba há estudantes da Alemanha, Polônia, Índia, Etiópia, Colômbia, Chile, México, Peru e Angola.

Adaptados

Os alunos estrangeiros da Unesp Sorocaba consideram que a cidade é grande, mas a classificam como tranquila. Eles contam que optaram por estudar no Brasil pela curiosidade que o país desperta na comunidade internacional. E que o conhecimento que eles tinham ainda em seus países era o que chegava pela imprensa.

Os estudantes alemães, por exemplo, imaginavam que praticamente todas as cidades brasileiras eram repletas de verde e com uma natureza exuberante, como a da Floresta Amazônica.

“É uma troca de experiências muito grande entre eles”, diz o professor Sandro Donnini Mancini. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (7/10/2019)

O aluno alemão Simon Lutz disse que se adaptou bem em Sorocaba, mas acha a cidade bastante industrializada e bem diferente de Manaus, por exemplo, que é a capital do Amazonas. Ele disse ainda que gosta bastante da comida, da música e das bebidas brasileiras, sobretudo, a famosa caipirinha.

Já o mexicano Jose Ignacio Zarate Monter está estudando no Brasil desde agosto de 2015 e disse que optou por uma universidade brasileira para conhecer o país. “Eu tinha muita curiosidade para saber como era o Carnaval no Rio de Janeiro, mas não gostei porque é muita gente”, diz.

Ele comentou ainda que quando família lê alguma notícia de violência no Brasil, liga para ele para saber se está tudo bem. “Lá fora a gente não tem a noção de que o Brasil é um país tão grande. Outro dia minha mãe me ligou porque leu uma notícia de violência no Acre, que é bem distante de Sorocaba”, conta.

A angolana Agna Nadini Maia de Sena faz mestrado na Unesp Sorocaba e diz que se adaptou fácil ao Brasil principalmente por conta da língua, já que em Angola grande parte da população também fala a língua portuguesa.

“Gosto bastante de Sorocaba, as pessoas são bastante acolhedoras aqui ou em outras cidades brasileiras. No Brasil os estudantes estrangeiros se sentem em casa”, destaca. (Ana Cláudia Martins)