Educação escolar indígena deve integrar culturas

O uso de tecnologias para a formação dos profissionais indígenas amplia conhecimentos interculturais

Por Da Redação

38 professores de Educação Escolar Indígena passaram por formação presencial.

No último mês, a Diretoria de Ensino da Região de Miracatu reuniu Supervisores de Ensino responsáveis pela Educação Escolar Indígena (EEI); bem como a Equipe do Núcleo Pedagógico e o Núcleo de Informações Educacionais e Tecnologia (NIT) para uma formação presencial de 38 professores da Educação Escolar Indígena.

“A formação dos professores indígenas foi um momento de grande aprendizado e emoção para todos nós. Uma oportunidade de integração entre culturas nos permitindo socializar e demonstrar práticas que assegurem às crianças indígenas o acesso a uma melhor aprendizagem, além da assimilação e apropriação dos recursos tecnológicos para o desenvolvimento do aprender” afirma, Vanessa de Oliveira Dias, dirigente de Ensino da região.

Após um longo período de acompanhamento a distância, a Diretoria de Ensino viu que era de extrema importância realizar um encontro presencial com toda a equipe e professores indígenas.

Para aplicação do curso foram utilizados materiais de apoio como Ler e Escrever, Educação Matemática nos Anos Iniciais (EMAI), Currículo em Ação, Aprender Sempre e outros livros paradidáticos.

“O objetivo da Central da Formação foi trazer aos professores indígenas práticas metodológicas dinâmicas pra que eles possam utilizar o material em consonância com o referencial curricular indígena” disse a professora Amanda Sampaio, coordenadora dos Anos Iniciais no Núcleo Pedagógico.

Esta parceria contribui para que a organização pedagógica nas escolas indígenas faça a construção de conhecimentos e aprendizagens pautados na interculturalidade.

Os professores também tiveram a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos a respeito da utilização de recursos tecnológicos para acessar o Centro de Mídias SP (CMSP) e Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPCs) da Diretoria de Ensino; bem como acesso às informações da cultura Juruá (como são chamados os povos não indígenas).

“O acompanhamento se fez necessário através dessa formação visando a qualidade das aulas ofertadas e o uso das tecnologias recebidas pelas escolas indígenas, pois sabemos que maioria dessas escolas contam somente com aluno e professor, e estes deverão manusear os equipamentos e acessar as plataformas digitais. A formação continuará in loco, a cada visita de acompanhamento realizada pela equipe da Educação Escolar Indígena” complementa, Jalili Nagliatti, supervisora de Ensino Indígena.

O uso de tecnologias para a formação dos profissionais indígenas dá a possibilidade de ampliar conhecimentos interculturais e oferecer aos alunos uma educação condizente com as necessidades da atualidade, mas sem negar as raízes culturais daquela região. (Da Redação)