‘Expo Quin’ investiga as origens do povo brasileiro
Mostra na EM Quinzinho de Barros apresenta curiosidades dos povos originários, africanos e europeus
Quem somos? De onde viemos? Somos formados por quais povos? Leia agora, no Cruzeirinho! Responder a essas perguntas depende, um pouco, de seu núcleo familiar e as raízes que ele carrega. Mas, o Brasil é um País onde se encontram diversos povos e culturas. Mas, com tanta diversidade, por que não estudar cada um com mais profundidade para entender um pouco de nós mesmos? Essa foi a ideia dos profissionais que atuam na Escola Municipal Quinzinho de Barros, localizada na Vila Hortência, para a nona edição da “Expo Quin”, realizada no dia 1º de novembro.
“No início do ano fazemos a eleição do tema, os professores trazem as contribuições e votamos qual o assunto será desenvolvido durante o ano, além dos conteúdos já previstos pelo ensino. No decorrer do ano os mestres trabalham junto com as crianças, cada turma fica com uma cultura e aí culmina nessa lindeza, nessa potência”, contou a orientadora pedagógica da escola, Priscila Borges.
Para a exposição, o ambiente se transforma de maneira completa. Cada cantinho é decorado e não tem como não se encantar com os trabalhos realizados pelos alunos. Nós fomos conferir e agora vamos te contar um pouquinho do que rolou.
Quando chegamos estava acontecendo a apresentação de danças e poemas típicos da Espanha da turma do 4º ano. Algum descendente de espanhóis por aí? Em Sorocaba há tantas pessoas com sangue de origem espanhola e até um parque dedicado a elas, o Parque dos Espanhóis.
Com vestimenta típica para dança flamenca e produção de castanholas -- instrumento usado nessa dança -- com material reciclável, a Lorena Nascimento de Souza, de nove anos, se produziu toda para colocar batidas nos pés e movimentos certeiros com os braços, todos aprendidos com a professora Mirian. “Não conhecia nada da Espanha e foi muito legal aprender e também dançar. E eu aprendi apenas com um dia de ensaio, não é difícil não”, comentou a estudante que foi acompanhada de sua irmã Lauren e mãe Gisele.
Sua turma, além de colocar o corpinho para dançar, também apresentou, em exposição na sala de aula, a origem dos sobrenomes, a colônia sorocabana e espanhola, e fotos da geografia do País.
Como explicamos, cada turma estudou uma cultura. Então vamos lá com um resumão. Os 1º anos desbravaram os nossos colonizadores: os portugueses, e abordaram a chegada deles por aqui, os azulejos, a pintura, as cantigas, as festas populares, a lenda do Galo de Barcelos, e o livro de receitas com doces clássicos, como o pastel de Belém, típico de Lisboa.
O 2º ano desenvolveu os povos originários, os indígenas. Eles demonstraram, por meio de diversos materiais e produções, as lendas e mistérios do povo, bem como sua cultura e arte, usando recicláveis na confecção, além das brincadeiras e o significado em tupi-guarani, por exemplo.
Povos africanos foi o estudo da turminha do 3º ano. Na parte artística, foram feitos instrumentos musicais, como chocalho e tambor, além de máscaras africanas. Em meio dessa potência cultural, de representatividade e cheio de cor que encontramos o Danilo Malandrin Angelini, de 8 anos. “Decorei a máscara com as cores e formas que aprendemos que representa a África, foi muito interessante, aprendi muitão também. É meu segundo ano participando da Expo e adoro, porque vou em outras salas e vejo as coisas dos meus amigos”, disse o aluno.
Macarrão, lasanha, pizza, tomate, almôndega, gelatto. Ai, que fome! Essas comidas, além de muito gostosas, tem um país em comum, a Itália. E foi justamento o povo italiano que a galera do 5º ano estudou durante o ano.
O País é rico em muitos assuntos: esculturas, invenções, obras de arte, pontos turísticos e claro, a culinária. Quem teve a chance de se aprofundar nisso foi a Isadora Carvalho Ferreira, de 10 anos. “Foi legal aprender sobre a Itália, tinha comida que não sabia que era típica de lá e, de todas, a que mais gosto é o macarrão. Também pintei a Monalisa e foi bem divertido”, analisou a garota.
Alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE) mergulharam na cultura japonesa ao apresentar vários elementos sensoriais relativos ao Japão. Claro que a educação física não podia faltar, e por que não colocar a cabeça para raciocinar com um clássico e maravilhoso jogo de damas? E teve gente que amou, tanto crianças e adultos.
Programa familiar
Por falar em adultos, a Expo Quin também é um lugar para estar com a família coladinha. Muitos pais, titios, avós não deixaram de prestigiar os pupilos. “Vem tio, vem tia, vem vó, vem avô, e tem gente que não consegue vir, mas vem algum representante da família. Então, pra nós, isso é muito importante. E cada vez mais a Expo tá ganhando corpo, ganhando essa grandeza, expandindo cada vez mais as famílias compreendendo que é um dia diferente na escola. É essa a ideia, curtir a escola de um jeito diferente”, finaliza a orientadora pedagógica. (Thaís Marcolino)