Show de mágicas encanta adultos e crianças em Sorocaba

Não há pequeno ou pequena que não se encante com incríveis truques de mágicas. A cada movimento, olhos atentos na ação do profissional e, em seguida, muitos aplausos surgem. Esses são alguns dos momentos que ocorrem nas apresentações de mágica em todo mundo. E para as crianças o encantamento é ainda maior. Mas antes de falarmos mais sobre essa arte magnífica e cheia de mistérios -- e o sentimento de quem pôde assistir a um show --, você sabia que no dia 31 de janeiro foi comemorado o Dia do Mágico? A data surgiu depois que São João Bosco faleceu neste dia. Por trabalhar como malabarista e mágico, e fazer apresentações de acrobacia para ajudar nas despesas de sua família, ele ficou conhecido como o padroeiro dos mágicos dentro da fé católica.

E foi pensando na data e numa forma de trazer a arte para mais pessoas que, no mês de janeiro, a Secretaria de Cultura (Secult) realizou duas apresentações de mágica em Sorocaba. Na Biblioteca Municipal, o show arrancou sorrisos dos mais de 400 adultos e crianças que o assistiram!

Os clássicos e mais surpreendentes truques, como de levitação e de cartas, prenderam rapidamente a atenção do público. Mas esses não foram os únicos. Teve número com fogo, água, e em alguns momentos os profissionais até pareciam mostrar como a mágica é feita. Mas, na verdade, o mistério não era revelado, porque a graça do mágico é poder despertar no público a curiosidade de imaginar como o truque é feito.

Entre tantas pessoas que compareceram, a Ana Lívia Miranda, de sete anos, estava lá junto de seu papai. Ela contou que só tinha visto um mágico antes no circo, mas o número não era igual. “O que mais gostei daqui foi o número da pomba que saía da caixa, mas amei tudo, no geral. Quando tiver de novo quero vir”, contou a pequena estudante.

Se para quem assistiu já foi incrível, agora imagina para quem teve a chance de ser assistente do mágico e fazer parte do show? Essa foi a sensação de alguns adultos e crianças que foram chamados pelos mágicos Augusto Torrine e Celso Gonçalves. Eles faziam suas apresentações junto de outros profissionais. Entre os ajudantes estava Arthur Petter Salles Carvalho, que pela primeira vez viu mágicos de perto. Ele ficou tenso e um pouco envergonhado, mas adorou a oportunidade. “Sempre tive curiosidade de saber como era feito os truques, e quando fui lá pensei que a chance chegou, mas no final não descobri nada. De qualquer forma foi bem legal, adorei assistir e participar”, disse o estudante de nove anos.

A Giovanna Carvalho, de 11 anos, achou incrível a participação do irmão Arthur e, para ela, as mágicas com fogo e água foram as mais legais. “Achei divertidas e não imaginava que era possível fazer aquilo. Porém todas as mágicas foram perfeitas”. A participação dos irmãos só foi possível graças à avó deles, Leonilda Paulina Sales, de 70 anos, que viu no show de mágicas a oportunidade perfeita para que os netos aproveitassem as férias sem a tecnologia e ainda tivessem acesso a uma arte milenar. “Eu me lembro de ir com 12 anos e ficar encantada. Hoje senti a mesma coisa, é uma alegria sem igual e ter a chance dos meus netos também sentirem isso é muito importante para mim”, reforçou a aposentada.

“Os mais velhos relembram e as crianças aprendem. Claro que é diferente, até porque as coisas mudam, a sociedade evolui e com a mágica não é diferente. Mas se tem uma coisa que não muda nunca é a vontade de encantar o público”, disse a diretora do espetáculo Niany Nicoley. “O mais legal é ver o sorriso das crianças, a interação em saber como foi feito depois que o espetáculo acaba, porque a arte existe para passar conhecimento de uma forma mais lúdica, se assim posso dizer, e trabalhar com as crianças é algo que me engrandece os olhos e eu acho incrível”, complementou Augusto Torrine, mágico há mais de 40 anos.

Cinco fatos sobre a história da mágica

Agora que você aprendeu sobre a origem do Dia do Mágico, confira mais cinco fatos sobre a história da mágica:

1. O truque dos copos mágicos tem cerca de 2000 anos. Os registros já encontrados que citam algo muito semelhante a ele datam do século I. O viés de trapaça também é antigo. Na obra The Conjurer, pintura de 1502 de Hieronymus Bosch, é possível ver um mágico praticando o truque para uma multidão intrigada, enquanto alguém aproveita para roubar os espectadores.

2. O livro de magia mais antigo já encontrado é de 1584. Escrito no ano de 1584, The Discoverie of Witchcraft é considerado o livro de mágica mais antigo que se tem registro. Ele foi escrito por Reginald Scot, um jurista britânico, que queria expor quais eram os métodos utilizados por bruxos medievais. Nele, haviam explicações detalhadas sobre truques de ilusionismo.

3. Mágicos já foram chamados de outras maneiras. Durante muito tempo, mágicos eram chamados de malabaristas, o que pode parecer muito estranho nos dias atuais. Outro termo empregado para os mágicos era prestidigitador, que nada mais é do que um ilusionista, cujas técnicas são baseadas na rapidez e agilidade com que realiza os truques sem que o espectador se dê conta.

4. Lulu Hurst, a adolescente que fazia mágica usando física. Um de seus primeiros truques foi realizado diante de um teatro lotado e bastante mal iluminado. Suas habilidades eram consideradas misteriosas, já que diferentes objetos pareciam ganhar um poder invisível ao serem tocados por Hurst.

5. Robert-Houdin, o pai do ilusionismo. Robert-Houdin nasceu em Blois, na França, e depois de casar abriu o Palais Royale, um espaço onde fez o que era até então considerado entretenimento para pessoas pobres virar lazer dos ricos. Seu trabalho se tornou tão respeitado que foi convidado pelo governo francês para realizar viagens espalhando a magia. (Thaís Marcolino)