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Piso novo não é sinônimo de quebra-quebra

21 de Junho de 2020 às 00:01

Piso novo não é sinônimo de quebra-quebra É possível recobrir superfícies revestidas com pisos cerâmicos por porcelanato. Na foto, linha Marfil Polido, da ViaRosa. Crédito da foto: Reprodução Facebook / ViaRosa

Após um longo tempo de convivência com um ambiente, é comum experimentarmos um súbito desejo de mudança. Mas, ao contrário das paredes -- nas quais a simples pintura é uma alternativa sempre à mão para renovar a decoração --, a troca do piso é uma operação que exige um pouco mais de planejamento. Mas não, necessariamente, um quebra-quebra sem fim.

Várias são as situações que podem justificar a troca de um piso por um novo, sem ter de recorrer à remoção do já existente. Desde o desgaste natural ocasionado pela circulação de pessoas e pelo arrastar de móveis, passando pela vontade de personalizar um apartamento alugado, até a simples intenção de ajustar as características do revestimento ao novo visual de um ambiente.

No entanto, antes de qualquer substituição, é essencial consultar um profissional especializado. Só ele pode avaliar se o piso existente realmente precisa ser substituído. E, mais do que isso, se está apto a receber um outro.

No caso de um piso de madeira maciça, por exemplo, dificilmente a troca é uma escolha acertada, mesmo quando a superfície estiver desgastada. Além da pintura, por meio de raspagem e aplicação de vernizes, na maioria das vezes, é possível recuperá-lo, deixando-o com um visual bem próximo de um revestimento novo.

Por outro lado, caso a aplicação de um novo material seja viável, é essencial verificar se a superfície a ser revestida não possui desníveis que podem dificultar sua aplicação e, depois, deixar marcas no novo piso. Nesses casos, é preciso providenciar, previamente, o nivelamento da base a ser revestida. Para orientar sua escolha, conheça algumas opções para trocar o piso sem ter de enfrentar todos os transtornos de uma obra.

Pintura

Nem todos os pisos podem ser renovados apenas com uma demão de tinta, mas, se o seu estiver em boas condições, é uma possibilidade a considerar. O tipo dela vai depender do material de base. Normalmente, recomenda-se a tinta epóxi, aplicada depois de uma camada niveladora capaz de ocultar juntas e sugerir um efeito de pavimento contínuo.

Vinílicos

Piso novo não é sinônimo de quebra-quebra O piso vinílico cor mate da linha Injoy, da Tarkett, compõe o ambiente que mescla o rústico e o contemporâneo. Crédito da foto: Divulgação / Tarkett

A história dos pisos de madeira pode ser dividida entre antes e depois dos vinílicos. Apresentados inicialmente apenas em versões adesivas, eles hoje podem ser aplicados também por encaixe, o que, com alguma habilidade, pode até dispensar um instalador. Produzidos pela justaposição de diversas camadas de PVC, eles podem ser aplicados sobre diversos outros pisos: cerâmicos, de madeira e cimentícios, desde que estejam em perfeitas condições. “O piso vinílico precisa de uma base rígida para ser instalado. Se esse não for o caso, é preciso refazer o contrapiso para, só então, instalar as lâminas”, alerta Bianca Tognollo, da Tarkett, fabricante de pisos vinílicos.

Como vantagem, os vinílicos podem ser utilizados também em áreas molhadas, como cozinhas e banheiros, e são encontrados em ampla gama de acabamentos, reproduzindo diversos materiais -- da madeira ao mármore. Além disso, alguns deles têm propriedades especiais, como proteção contra umidade e fungos.

Mas, como qualquer outro piso aplicado sobre outro, para ampliar sua durabilidade, é primordial que ele seja instalado sobre superfícies bem niveladas, uma vez que, por possuir uma espessura muito fina, qualquer imperfeição torna-se visível.

Laminados

Piso novo não é sinônimo de quebra-quebra Os pisos de madeira, como os da linha Cumaru, da Akafloor, podem ser aplicados sobre mármores e cerâmicas. Crédito da foto: Reprodução Facebook / Akafloor

Aplicados como os vinílicos, por meio de encaixes ou cola, os laminados também são fáceis de instalar e podem recobrir diversas superfícies. No entanto, por serem fabricados quase que unicamente a partir de madeira, ele não são recomendados para áreas molhadas, já que podem estufar com o tempo. Além disso, por possuir maior espessura, de 6 mm a 17 mm, podem exigir que a altura das portas do ambiente seja adaptada à nova configuração do piso. “Apesar de 100% produzido a partir de madeira de reflorestamento, o produto não deve ser aplicado sobre nenhum tipo de piso do mesmo material. Já sobre mármores e cerâmicas, desde que bem nivelados, não há restrições”, adverte Samia Rossin de Souza, da Akafloor, fabricante de pisos de madeira.

Porcelanatos

Ao contrário do que ocorre com a madeira, é possível, sim, recobrir superfícies revestidas com pisos cerâmicos por pisos feitos com o mesmo material, como o porcelanato. Mas, para obter bons resultados, além da habilidade profissional na instalação, os cuidados que antecedem a aplicação devem ser redobrados. É fundamental, por exemplo, verificar se a superfície existente não apresenta peças soltas, quebradas ou sujeitas à infiltração. Em geral, a aplicação é feita com uma camada de 2 mm de argamassa colante, especialmente desenvolvida para essa finalidade.

Outro detalhe que deve ser levado em consideração é o número de portas internas existentes no ambiente, uma vez que o novo piso, inevitavelmente, ficará um pouco mais alto que o anterior, o que vai exigir ajustes na altura de cada uma delas.

Como vantagem adicional, o porcelanato pode ser encontrado em uma grande variedade de cores e texturas, algumas delas simulando, inclusive, outros materiais, como metal, madeira, concreto e mármore. (Marcelo Lima - Estadão Conteúdo)

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