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Para parecer maior do que é, arquitetas dão sugestões de decoração

26 de Janeiro de 2020 às 00:01

Cobertura e janelas envidraçadas na varanda criaram novo ambiente de convívio. Crédito da foto: Jenifer Gimenez / Divulgação

 

Fazer um apartamento ou uma casa parecer maior é o desafio de muitos moradores. Para adquirir o primeiro imóvel, muita gente opta pelos mais econômicos e geralmente a economia está na área construída. Apartamentos ou casas padronizadas de condomínio começam em 40 ou 60 metros quadrados. Criatividade e boas soluções permitem que se possa organizar a vida nesse espaço.

Escolher móveis ajustados às dimensões do imóvel é umas das principais decisões, pois peças de tamanhos maiores podem comprometer a circulação. Antes de adquirir um sofá, rack, poltrona ou outras peças para compor a decoração, é fundamental tirar as medidas que colaboram para duas importantes decisões: a escolha do modelo e a definição do local a ser instalado.

“Antes de ir às compras, medidas anotadas garantem o encaixe perfeito”, aconselha Bianca Atalla, do escritório Oliva Arquitetura. Ela e as sócias Elisa Ju e Fernanda Mendonça orientam sobre principais equívocos e soluções para os imóveis pequenos.

A marcenaria planejada é um dos pontos-chave, pois define o layout. “Se durante e execução o marceneiro começar a fazer mudanças sem avaliar o impacto, o resultado será uma marcenaria mal dimensionada e fora do conceito definido, resultando em um ambiente menor do que realmente é”, avalia Elisa. Em um projeto de 35 m2, a proposta foi de um espaço multiúso: a bancada da cozinha serve de apoio para o preparo das refeições, pode ser usada como balcão e ainda faz o papel de móvel para a TV.

Tamanho dos móveis deve ser ajustado a fim de deixar área livre para circulação. Crédito da foto: Julia Ribeiro / Divulgação

A ausência da iluminação natural devido janelas menores instaladas pelas construtoras tem se tornado frequente nos imóveis novos, contribuindo para a sensação de ambientes apertados. “Em casos assim, recorremos às normas do condomínio para verificar possibilidade da troca por um modelo maior. Se permitido, o investimento contribui para a sensação de amplitude”, diz Fernanda.

Na planta original de um apartamento, a varanda tinha pequenas janelas. Conforme Bianca, “após o sinal verde da administração, o cômodo ganhou vida nova com o fechamento de vidro que assegurou privacidade e a proteção ao sol forte e a chuva”.

Outro ponto fundamental é evitar exageros na decoração. Segundo as arquitetas, as pessoas costumam acreditar que deixar espaços com aspecto de “vazio” é uma escolha errada. No entanto, além de deixar o ambiente carregado demais, a sensação é de espaço reduzido.

Parede recebeu prateleiras e nichos feitos com caixas usadas de madeira. Crédito da foto: Julia Ribeiro / Divulgação

A dica é trabalhar o equilíbrio na escolha de quadros e objetos decorativos e a instalação de prateleiras, entre outros pontos. Cantos vazios até então desprezados podem ser a solução, para nichos por exemplo. No quarto, podem guardar sapatos e acessórios, livrando espaço precioso em armários.

As paredes vazias pedem parcimônia para definir sua estética com a personalidade dos moradores. Não é preciso encher todas com quadros, espelhos, nichos ou prateleiras. Bianca conta que em um dos projetos uma parede foi reservada para um destaque maior. “Fizemos uma composição de caixotes de feira usados como nichos e prateleiras que receberam itens especiais do casal, mesclando o rústico e o clássico.”

Outra sugestão elementar é valorizar a integração dos ambientes, eliminando paredes ou divisões fixas. É um recurso que colabora em muito para atenuar a impressão de lugar pequeno. Salas de estar e de jantar integradas e cozinha do tipo americana, com balcão, aproveitam todo o espaço disponível. Os únicos cômodos íntimos e separados dos demais permanecem os quartos e banheiros.

Divisórias móveis são alternativa para delimitar e expandir cômodos. Crédito da foto: Julia Ribeiro / Divulgação

Uma sugestão para delimitar a ideia original de ambiente são divisórias, que podem ser abertas e fechadas conforme a necessidade de mais ou menos luz natural. As divisórias móveis podem ser de painéis de madeira ou outro material leve, se necessário com isolamento acústico. A partir da instalação de portas retráteis, a sala de TV passa a ser um lugar reservado com o fechamento das folhas.

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