Voluntários limpam o parque Kasato Maru para a Festa Japonesa

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Arthur, 12 anos, diz se sentir útil em participar do mutirão. Crédito da foto: Fábio Rogério

Cerca de 80 voluntários limparam o parque para a 11ª Festa da Colônia Japonesa de Sorocaba. Crédito da foto: Fábio Rogério

Inspirados pelo tradicional ritual japonês de limpar áreas públicas para atrair boas energias, cerca de 80 voluntários participaram na manhã deste sábado (20) de uma faxina no parque Kasato Maru, no Jardim Faculdade. O mutirão faz parte dos preparativos para 11ª Festa da Colônia Japonesa de Sorocaba, que ocorrerá no local no próximo final de semana.

Munidos de vassouras, rastelos, pás e sacos de lixo, os voluntários da União Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Sorocaba (Ucens) e de 17 entidades assistenciais participantes da festa se dividiram em pequenos grupos e limparam o recinto. “Saiu um caminhão de lixo. Além de folhas, que é orgânico, mas a gente tira, tiramos muitas garrafas, de plástico e de vidro”, relata Luiz Issao Kagiyama, vice-presidente da Ucens e membro da comissão organizadora.

Além de deixarem o espaço limpo para a acolher as 40 mil pessoas que são esperadas nos dois dias de festival, os voluntários realizaram o plantio de mais de 100 mudas de cerejeiras e aproveitaram para vistoriar itens de acessibilidade e segurança que, se necessário, vão solicitar reparos para a Secretaria de Conservação, Serviços Públicos e Obras (Serpo). “Essa limpeza é muito tradicional no Japão. Serve para deixar o ambiente limpo e atrair coisas boas porque nós a fazemos com otimismo”, resume Roberto Matsushima, presidente da Ucens.

Arthur, 12 anos, diz se sentir útil em participar do mutirão. Crédito da foto: Fábio Rogério

Munido de uma vara de pescar para retirar o lixo emergente nas águas da bacia, o empresário Toshiaki Hishinuma, de 78 anos, não mediu esforços para contribuir com a limpeza do parque inaugurado pela Prefeitura de Sorocaba em 2008 para homenagear o centenário da imigração japonesa. “A pescaria foi boa”, brincou. Aluno do curso de língua japonesa da Ucens, o estudante Arthur Kenzo Hirose, de 12 anos, disse que se sente útil em poder participar do mutirão que antecede a festa beneficente. “Só acho uma pena fazer apenas uma vez por ano. Se todo mundo fizesse mais vezes, nas praças do bairro onde mora, por exemplo, toda a cidade seria mais limpa e as pessoas também teriam mais consciência para não sujar”, afirmou.

Ao final da limpeza, todos os participantes se reuniram para um lanche de confraternização no sistema “motyori”, como é chamado o hábito japonês de fazer uma festa comunitária, em que todos levam pratos com alimentos para serem compartilhados. (Felipe Shikama)