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Veja alternativas para higienização em meio à pandemia de coronavírus

26 de Março de 2020 às 00:01

Médica aponta alternativas para higiene Lavar bem as mãos é uma das orientações contra a doença. Crédito da foto: Arquivo JCS

Sabão (ou sabonete, detergente) e água são ideais para higienizar as mãos, em todas as ocasiões, especialmente no combate ao novo coronavírus. Porém, nos casos em que não é possível fazer a assepsia dessa forma, o álcool em gel é muito eficiente. Agora, com a falta do produto no mercado, a médica infectologista Rosana Paiva dos Anjos, professora da PUC em Sorocaba, indica outras alternativas para ele, assim como para as máscaras, mais um item que sumiu das prateleiras.

Rosana informa que na falta do álcool em gel, a desinfecção das mãos pode ser feita com álcool líquido também. As recomendações orientam que o ideal é usar o de 70%, mas pode ser acima. Quanto ao álcool em 46%, este pode ser utilizado para limpeza de superfícies e objetos, afirma a infectologista.

De acordo com o Conselho Federal de Química, alguns estudos apontam que, apesar de não apresentarem a melhor eficácia, soluções até o mínimo de 60% e o máximo de 80% também são eficazes.

Outro item que costuma ser usado pela população para desinfetar é o vinagre, mas Rosana afirma que o produto não é recomendado. “Não tem comprovação por trabalhos, mas pode ser utilizado na higienização de verduras, legumes e frutas”, diz Rosana.

Para a limpeza das residências, a melhor alternativa ao álcool é a água sanitária ou o Lisoform. “Não vamos complicar, vamos usar o que cada um tem, e isso [a falta do produto] irá normalizando no mercado.”

O Conselho Federal de Química esclarece que os produtos para limpeza da casa são classificados como desinfetantes e os destinados à higienização das mãos, antissépticos. Embora a função de ambos seja eliminar microrganismos patogênicos, suas aplicações são específicas, “não sendo indicado utilizar antissépticos na limpeza da casa e menos ainda aplicar desinfetantes na higienização das mãos”, informa o órgão.

Máscaras

As máscaras improvisadas não são uma unanimidade entre especialistas e autoridades. A infectologista Rosana Paiva destaca que é possível sim fazer máscara em casa, assim como o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, já falou que a população pode fazer suas máscaras de tecido a fim de deixar que as máscaras cirúrgicas fiquem disponíveis para os profissionais da saúde.

“Desde que não tenha um furo no meio, vale de tudo: guardanapo, papel higiênico, lenço de papel”, diz. Até mesmo copiar aquele meme que tem sido espalhado pela internet, que na Bahia estão usando coco para tampar, estaria valendo, declara a médica. “O importante é fazer uma barreira, pode não ser perfeita, mas ajudará a proteger”, ressalta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), entretanto, afirmam que máscaras improvisadas não devem ser utilizadas em nenhuma circunstância por não terem a eficácia comprovada. Devem usar as máscaras, além dos profissionais da saúde, pessoas infectadas pela doença e seus cuidadores. No mais a orientação é seguir com a higiene em dia, lavando bem as mãos, mantendo uma distância segura de outras pessoas e fazer a desinfecção correta dos ambientes.