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Sorocabanos estão indiferentes com propaganda eleitoral no rádio e TV

31 de Agosto de 2018 às 09:02

Os candidatos abrem hoje o primeiro dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e terão muito trabalho para atrair a atenção dos eleitores. Em contato com eleitores nas ruas e áreas de lazer de Sorocaba, eles reagiram com manifestações que vão do desinteresse à desconfiança, da indiferença à total falta de entusiasmo por discursos políticos. Poucos admitem a importância do horário eleitoral como oportunidade para conhecer os candidatos e definir em quem votar nas eleições de 7 de outubro.

O casal Ricardo Silva Santos, de 29 anos, e Adriana Fernandes Silva, de 29 anos, está entre os que reagiram com descrédito ao serem perguntados sobre a validade do horário eleitoral como chance de saber quem são os candidatos. “Não assisto. Debate assisto, ainda. Horário gratuito, não”, disse Ricardo. Admitiu que a razão é o descrédito. “Já assisti muito, não assisto mais. Pretendo nem votar neste ano. Acho que não tem político bom. Muita enganação.”

Seguindo o mesmo raciocínio, Adriana admitiu desmotivação com a política, mas ressalvou que “é bom assistir (o horário eleitoral) para saber em quem votar”. Criticou a forma como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deixou o cargo em 2016, por meio de impeachment, e também a gestão do presidente Michel Temer (MDB): “Temer foi um péssimo presidente.”

O empresário Marcos Moraes, de 51 anos, pretende assistir às promessas dos candidatos, mas só se tiver tempo. Ele acha que o tempo de exposição dos candidatos no rádio e na tevê é “aborrecido”: “Estão tentando fazer o papel deles, alguma coisa de útil.” Também não acredita que as eleições vão tirar o Brasil da crise, porque a situação difícil é global.

Os eleitores Ed Wilson Leite Sampaio, de 51 anos, e Kimberly Toledo, de 21 anos, enfrentam atualmente a mesma condição de desempregados, mas têm posições diferentes quanto ao horário eleitoral gratuito. Ed nem sabia que começa hoje, até porque perdeu o celular na semana passada e está desinformado de quase tudo. “Eles têm muitas propostas, depois que eles ganham eles esquecem do povo”, criticou.

Já Kimberly sabia que o horário eleitoral começa hoje e vai assistir ao que os candidatos têm a dizer. Sobre as promessas de emprego, coincidentes com sua necessidade atual, ela disse que os candidatos focam nesse aspecto: “Mas não têm nenhum projeto consistente com chance de ser cumprido. Muitas palavras, pouca ação.”

O encarregado Marcos Santos, de 43 anos, tem posição de prudência quanto ao que os candidatos vão falar: “É acreditar e não acreditar.” Enquanto isso, o inspetor de qualidade Eugênio Ferreira, de 59 anos, foi direto ao dizer que não está interessado nessa programação: “É sempre a mesma falação e não resolvem nada. Nenhum não cumpre nada do que promete.” E, coerente com esse pensamento, adiantou sua opção pelo voto nulo.

O porteiro José Luiz Cortez, de 51 anos, preferiu dar um recado aos candidatos: “Devem ser colocadas coisas razoáveis, não adianta inventar coisas que não é possível fazer.” Ele pretende “dar uma olhada” nas mensagens dos candidatos, mas só nas horas de folga, e explicou sua falta de entusiasmo: “Pelo que o país está passando, tanta coisa e ninguém define solução.”

 

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