Dia Mundial da Água: Sorocaba avança rumo a 100% de esgoto tratado

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Atualmente, mais de 96% do esgoto produzido pelos sorocabanos é tratado - Foto: Divulgação

Atualmente, mais de 96% do esgoto produzido pelos sorocabanos é tratado - Foto: Divulgação

Sorocaba trata atualmente o esgoto produzido por 96,45% dos sorocabanos. A marca foi possível com investimentos como a construção do sistema de esgotamento sanitário da região de Brigadeiro Tobias e do sistema de esgotamento sanitário da região do Cajuru. Os dois sistemas foram entregues em abril do ano passado, acabando com o lançamento de um volume estimado de 4,8 milhões de litros de esgoto, que a cada novo dia poluíam os cursos da água que abastecem o rio Sorocaba: o córrego Pirajibu-Mirim, o córrego Tapera Grande e o rio Pirajibu. Atualmente, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) trabalha em pequenos pontos ao longo da cidade que ainda não contam com o sistema de esgotamento sanitário para atingir a meta de 100% de esgoto tratado.

O Programa de Despoluição do Rio Sorocaba teve início há cerca de 20 anos e a prioridade da atual gestão era concluir os sistemas para se aproximar ainda mais dos 100% de esgoto tratado. Durante o atual governo, o percentual em Sorocaba aumentou em quase 5%: de 91,49% (set/16) para os atuais 96,45%. Em uma década, essas obras receberam o investimento aproximado de R$ 10,5 milhões.

O prefeito José Crespo enfatiza a importância dos esforços constantes dos profissionais do Saae para o sucesso do Programa de Despoluição do Rio Sorocaba e lembra a iniciativa do pai dele, o ex-prefeito José Crespo Gonzales, de criar um serviço municipal de água. “O Saae de Sorocaba é um dos melhores do Brasil, buscando incessantemente ações e projetos para oferecer o melhor serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário aos sorocabanos”, elogia Crespo.

 

Obras prioritárias

Para elevar em quase 5% a população atendida com o tratamento de esgoto, a atual gestão do Saae deu prioridade para a conclusão de três obras: a interligação do coletor-tronco do córrego Tapera Grande ao coletor tronco do rio Pirajibu, concluída com equipe da própria autarquia, em abril do ano passado; a instalação do sistema de esgotamento sanitário de Brigadeiro Tobias, também concluída em abril e por profissionais do Saae-Sorocaba; e a implantação do coletor-tronco do córrego Pirajibu, com obra de empresa contratada, concluída em março de 2017.

Para o diretor-geral do Saae, Ronald Pereira da Silva, garantir a qualidade de vida dos sorocabanos é prioridade da autarquia. “Temos o dever de garantir tratamento de esgoto e abastecimento de água a todos os sorocabanos e buscamos sempre investimentos para colocar em prática projetos que contribuem para a evolução do nosso trabalho. A conclusão deste ciclo de tratamento de esgoto é uma grande vitória, mas continuamos trabalhando para garantir 100% de esgoto tratado na cidade”, explica.

O diretor operacional de Esgoto do Saae, Rodolfo Barboza, ressalta que o investimento em saneamento significa mais saúde para a população e que o Saae trabalha agora para concluir os demais 3,55% que faltam para atingir 100%. Hoje, a cidade tem cerca de 20 pontos que ainda não tem tratamento de esgoto.

Jacutinga - Um desses pontos é o Bairro Jacutinga. As residências de cerca de mil pessoas passam a ser servidas com rede coletora e de afastamento de esgoto, em substituição às fossas sépticas. Com o investimento aproximado de R$ 1,5 milhão, a nova rede é instalada até mesmo cruzando por baixo da linha de trens. “Estamos implantando cerca de 7 mil metros de redes coletoras, em tubos de PVC com diâmetro de 150mm e mais de 100 poços de visita”, explica Barboza.

Jardim Marli - Antes de iniciar os trabalhos no bairro Jacutinga, o programa 100% Esgoto Tratado concluiu a rede coletora que atende pouco mais de 50 famílias na rua Eugênia de Oliveira Cirne, no Jardim Marli. Com isso eliminou o lançamento diário de aproximadamente 44 mil litros de esgoto no córrego Itanguá.

Monte Alpino - No Jardim Monte Alpino --região de Brigadeiro Tobias -- a implantação das redes coletoras de esgoto sanitário teve início janeiro, e deve contemplar de imediato 80 imóveis (cerca de 320 pessoas).

Obras eliminam lançamento de 44 mil litros de esgoto por dia no Itanguá - Foto: Divulgação

Macromedidores, como o da ETA Cerrado, diminuem vazamentos - Foto: Divulgação

A rede de distribuição de água da região do Central Parque recebeu o quinto grande medidor de precisão. Essa é a primeira rede de distribuição da cidade a ganhar o pleno monitoramento pelo Programa de Controle e Redução de Perdas.

Com o conjunto de macromedidores instalados em pontos estratégicos é possível averiguar os volumes de água que entram e saem de uma estação de tratamento, de um centro de distribuição (reservatórios) ou de um bairro ou região, possibilitando determinar exatamente o quanto se perde e o trecho onde há algum vazamento, facilitando assim o trabalho de detecção e correção do problema. As duas principais adutoras, que transportam água bruta coletada na represa de Itupararanga por 14 quilômetros, também estão equipadas com medidores de precisão em suas extremidades.

O Saae ainda está efetuando a troca de hidrômetros. Os novos equipamentos certificados pelo Inmetro reduzem perdas nas medições.