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Sindicato quer ampliar frota de ônibus nos horários de pico em Sorocaba

06 de Abril de 2020 às 10:56

Decreto da prefeita Jaqueline Coutinho (PSL) prevê que os passageiros sejam transportados somente sentados. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (26/3/2020)

Atualizado às 14h - Quase duas semanas depois de firmar acordo extrajudicial com a Prefeitura de Sorocaba para operar somente com 40% da frota do transporte municipal, o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região protocolou novo documento junto ao poder público e às empresas de transporte coletivo na cidade pedindo a ampliação do sistema, para 80% nos horários de pico.

O Cruzeiro do Sul confirmou que a entidade protocolou a reivindicação na manhã desta segunda-feira (6), já que os ônibus estão circulando com superlotação, contrariando o decreto da prefeita Jaqueline Coutinho (PSL), que prevê que os passageiros sejam transportados somente sentados.

Por volta das 5h desta segunda, o sindicato liderou assembleias nas portas das garagens da STU e da Consor – o que resultou em um atraso de aproximadamente 45 minutos no início das operações e gerou reclamações de usuários --, já que as empresas estariam com pendências junto aos funcionários, como o pagamento de salário e vale-refeição.

Em nota conjunta, o Consor e a STU, empresas de transporte coletivo de Sorocaba, informam que os pagamentos de salário-base estão sendo realizados hoje (6/4). As empresas afirmam que, “devido à queda na arrecadação de mais de 95%, os créditos do vale-refeição (VR) serão efetuados semanalmente, além da cesta básica já à disposição para retirada”.  A nota acrescenta, ainda, que “seguem abertas para o diálogo e estão à disposição para esclarecimentos”.

 

Assembleias dos motoristas atrasaram a operação dos ônibus e provocaram lotação. Crédito da foto: Cortesia

Por meio de nota, o sindicato afirma que “trabalhadores estiveram na garagem das empresas na madrugada desta segunda-feira, 6, mas as empresas não liberaram a saída de mais ônibus, porque precisam de uma autorização da Urbes”.

A Urbes informou, também em nota, que “não compactua com interferências na operação e preza pela manutenção da programação acordada anteriormente, com a possibilidade da flexibilização dos atendimentos para atender pontualmente alguma linha com maior demanda”.

Como empresa reguladora do sistema, a Urbes diz que “preza pelo entendimento entre as partes e tem acompanhado as operações a fim de garantir a prestação do serviço aos trabalhadores dos serviços essências, buscando ajustar as linhas para reduzir lotações”. A empresa pública acrescenta que também tem trabalhado para atender as normativas governamentais e orientações dos órgãos de saúde.

Sobre ao aumento na frota de veículos pleiteado pelo sindicato, o Consor e a STU afirmam que a definição do percentual operante da frota compete ao município de Sorocaba, que é o poder concedente, e não à entidade sindical. Segundo as empresas, , conforme ordem de serviço acordada, seguem suas atividades com 40% da frota em horários de pico. “Em caso de necessidade, tal percentual poderá ser revisto pelo poder público restando às empresas o seu efetivo cumprimento”.