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Serpo aumenta número de covas prontas em cemitério

04 de Abril de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Serpo aumenta número de covas prontas em cemitério Antes do decreto de calamidade pública, a Serpo mantinha 30 covas preparadas para sepultamentos. Crédito da foto: Manuel Garcia

Por precaução, o número de covas prontas no cemitério Santo Antônio, no bairro Wanel Ville, zona oeste de Sorocaba, aumentou 65%. A medida ocorreu a partir do decreto de calamidade pública assinado em 21 de março pela prefeita Jaqueline Coutinho (PSL), em função do novo coronavírus. A informação é desta sexta-feira (3) da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Serpo). O cemitério está recebendo os corpos de pessoas que morreram ainda sob suspeita ou casos confirmados da doença na cidade, quando o sepultamento deve ocorrer em cemitérios públicos.

De acordo com a Serpo, a pasta mantinha, antes do decreto, cerca de 30 covas abertas no cemitério Santo Antônio. “A título de exemplo, se fossem utilizadas em uma quinta-feira 15 covas, novas 15 seriam abertas na sexta-feira seguinte, com retroescavadeiras”, lembra a Pasta. “O serviço era realizado nas segundas e sextas-feiras. Desta forma, mantinha-se um padrão de 30 covas abertas para prestar este serviço a comunidade”, acrescenta.

https://youtu.be/XyMJ_MptrFU

Atualmente, após a decretação da calamidade pública, a Serpo realiza o serviço de abertura de covas diariamente, se assim for necessário, mantendo o padrão de 50 covas abertas, representando o aumento de 65%. “Importante frisar que esta atitude está sendo tomada por precaução, diante deste cenário epidemiológico da cidade. Importante ressaltar, ainda, que até o momento não houve aumento de sepultamentos no cemitério Santo Antônio”, informa a Serpo. Desde o decreto foi assinado foram realizados 10 sepultamentos de suspeitos de Covid-19.

Na quinta-feira (2), imagens áreas do cemitério mostram que 44 covas estavam abertas. Elas podiam ser vistas em dois pontos do local, sendo um com 10 e outro com 34 “escavações”.

Funerárias

As funerárias de Sorocaba também adotaram medidas em suas atividades em função do novo coronavírus. A rotina mudou. Tudo começa quando as duas empresas em operação na cidade -- Ofebas e Ossel -- são notificadas de que o corpo que precisa ser retirado de uma das unidades hospitalares da cidade trata-se de uma caso suspeito e confirmado do novo vírus.

A equipe responsável pela retirada precisa vestir uma roupa especial anticontágio. A vestimenta é composta por botas especiais, mangote para proteção do braço e antebraço, luvas -- três pares --, máscara N95, avental e macacão de polietileno, usado quando há casos de risco biológico. É a mesma vestimenta usada em epidemias como os casos envolvendo o vírus ebola, no continente africano.

Serpo aumenta número de covas prontas em cemitério Até agora não aumentou o número de sepultamentos. Crédito da foto: Manuel Garcia

Não há qualquer contado com a pessoa falecida. A preparação do corpo é dispensada. Não há velório. O caixão é lacrado. Do hospital, vai direto para o cemitério Santo Antonio. Isso, se o sepultamento não é em cemitério particular. Ao retornar à funerária, imediatamente, o veículo do translado passa por um processo de desinfecção.

De acordo com a Ofebas, esses cuidados estão sendo tomados desde o início dos casos. Leandro Garcia, gerente dos serviços funerários da Ossel, explica que, mesmo que não haja suspeita de novo coronavírus, há um limite de duas horas para os velórios. A cerimônia deve ter no máximo 10 pessoas. (Marcel Scinocca)

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