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Relatório final da operação Casa de Papel vai para o MP

11 de Outubro de 2019 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Relatório final da operação Casa de Papel vai para o MP Promotora Maria Aparecida: documentação demanda análise minuciosa. Crédito da foto: Aldo V. Silva / Arquivo JCS (2/8/2016)

 

A Polícia Civil refez e entregou na quarta-feira (9) o relatório final da operação Casa de Papel. A decisão atendeu pedido da defesa do ex-secretário Hudson Zuliani. A operação Casa de Papel investigou possíveis crimes de corrupção na Prefeitura de Sorocaba.

O pedido foi feito pelo advogado Jaime Rodrigues de Almeida Neto. A determinação foi do juiz Jayme Walmer de Freitas. Deveria ser retirado do documento o termo “indiciado” quanto ao nome de Zuliani.

Com relação ao relatório final, o documento seguirá para o Ministério Público, que decidirá se oferecerá denúncia ou não após a conclusão da próxima fase do procedimento.

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A promotora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Maria Aparecida Castanho, que participou da operação, afirma que toda a documentação será analisada para checar a participação de cada pessoa no caso. “São as conclusões do Ministério Público”, afirma.

Conforme a promotora, toda a documentação demanda análise minuciosa. “Trata-se de um trabalho absolutamente complexo”, lembra. Apesar de dispor de apenas 30 dias para o trabalho, a promotora lembrou também que laudos ainda estão sendo concluídos e, dependendo da situação, diligências complementares poderão ser realizadas pelo MP.

Habeas corpus

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) julgou na tarde desta quinta-feira (10) o pedido de habeas corpus do empresário Felipe Bismara. Ele é um dos indiciados no relatório final da operação Casa de Papel, da Polícia Civil. O pedido foi julgado prejudicado, já que o empresário já havia sido indiciado de forma indireta. “Pelo que se vê, a presente ordem de habeas corpus restou prejudicada, pois perdeu seu objeto, uma vez que eliminada a circunstância reclamada na inicial, ocorrendo a cessação do gravame hostilizado e, consequentemente, o esvaziamento da causa pretendida”, afirma decisão da 8ª Câmara de Direito Criminal.

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Na terça-feira (8), a Justiça negou um habeas corpus, com pedido liminar, em favor de Antônio Tadeu Bismara Filho, irmão do empresário Felipe Bismara, das empresas Selt e Twenty. Hudson Zuliani, ex-secretário de Licitações e Contrato, foi o único que conseguiu o benefício do habeas corpus no final da semana passada. O pedido do prefeito afastado José Crespo (DEM) ainda não foi julgado. (Marcel Scinocca)