Obra da barragem do Rio Piraí é liberada, mas com restrições
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) autorizou o Consórcio Intermunicipal do Rio Piraí (Conirp) a dar início às obras da barragem do Rio Piraí. No entanto, ainda não foi autorizado o manejo das espécies animais que vivem no local. Além disso, o consórcio poderá começar movimentações na área, mas sem remover a vegetação nativa.
O Conirp também precisa apresentar documentos complementares à Cetesb para, assim, receber a autorização do manejo in situ — termo jurídico que significa que os animais serão conduzidos para locais próximos e que não serão afetados pela obra da barragem.
O investimento previsto é de R$ 227 milhões. A represa terá capacidade para armazenar mais de 9,7 bilhões de litros de água que poderá abastecer as cidades mesmo em períodos de estiagem. A obra tem previsão de conclusão em até 34 meses.
Conforme a Cetesb, todo o processo de implementação da barragem previu medidas para diminuir e compensar os impactos ambientais, incluindo cuidados com o solo para evitar processos erosivos ou de assoreamento e interferências com a qualidade da água.
Entenda o caso
Em 20 de fevereiro, o Cruzeiro do Sul noticiou que, diferentemente do anunciado pelo Conirp, a obra não havia sido liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Justificou, na ocasião, que havia sido encontrada no local uma espécie ambientalmente protegida, os saguis-caveirinhas — Callithrix aurita, nome científico da espécie. (Vernihu Oswaldo)