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Programa de rádio ‘Inclusão’ segue atividades em home office

27 de Abril de 2020 às 22:17

Programa de rádio ‘Inclusão’ segue atividades em home office O estudante Gabriel Lara é um dos integrantes do programa "Inclusão". Crédito da foto: Divulgação

A pandemia do coronavírus que atingiu o País e as aulas na Universidade de Sorocaba (Uniso) também afeta o funcionamento de seus projetos de extensão. Um deles é o “Inclusão”.

O radio jornal é habitualmente gravado dentro dos estúdios de comunicação da instituição de ensino. Agora, o projeto enfrenta desafios com gravações caseiras.

Desde 2013, o jornal “Inclusão” abre espaço para os estudantes de Jornalismo da Uniso como um dos primeiros contatos com o radialismo profissional. O programa produz matérias de temas variados, relacionadas à acessibilidade e inclusão social.

A produção é feita pelos próprios alunos. Os programas são transmitidos, de segunda à sexta-feira às 6h20, pela rádio Cruzeiro FM (92,3) e pela Rádio Uniso.

Sete anos de projeto

O projeto comemora sete anos em maio. Porém, com as mudanças de rotina, devido ao isolamento social, que impede as gravações do jornal, essa data poderia passar em branco.

Para não suspender o "Inclusão" durante a quarentena, a solução foi improvisar. Com uma edição piloto, o jornal foi apresentado em formato diferente à direção da rádio Cruzeiro. O pingue-pongue de dois locutores foi substituído por reportagens com mais vozes.

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Desde então, as matérias para o "Inclusão" são gravadas dentro das casas dos alunos repórteres. O jornalista e técnico responsável pela edição do programa Douglas Valle faz a ponte com a emissora, enviando o conteúdo já editado.

Valle concorda que essa mudança criou alguns obstáculos no início. “Receber o material que você não acompanhou a gravação” é um dos maiores desafios, conta o jornalista, que acompanha todas as etapas do projeto há quase dois anos.

Além disso, os prazos acabam mudando conforme as alterações na rotina. Valle explica que, com o desencontro de horários entre os colegas, uma edição de 10 minutos pode levar um dia inteiro para terminar. “Este com certeza é o maior desafio. Nunca uma dificuldade, mas um desafio”, ressalta o jornalista.

Mudanças na equipe

A equipe, que antes contava com dois jornalistas e uma estagiária, agora forma um time de sete membros. A lista inclui Talissa Medeiros, Giovanna Abatte, Gabriel Lara e Alexandre Meiken - orientados pelo professor Fernando Negrão. As edições também contam com a locução do jornalista professor Luiz Rodrigues, coordenador do Laboratório de Comunicação, além da edição final de Valle.

Para os estudantes, o desafio foi uma oportunidade de aprender neste período de ensino à distância. Em um mês dessa nova rotina, todos os estagiários já são capazes de fazer uma pré-edição das próprias matérias, assim facilitando a edição final.

“Fizemos uma organização muito boa e estamos produzindo juntos e trabalhando juntos, mesmo longe”, conta Talissa Medeiros, estagiária responsável pela distribuição das pautas do jornal. “Nosso compromisso se intensificou agora", diz.

Exemplos se solidariedade

Para a estudante, a continuidade do projeto é essencial neste período de isolamento. Ela explica que as notícias são sempre escolhidas com o objetivo de destacar “exemplos de solidariedade” e “informar sobre saúde, meio ambiente e inclusão de forma positiva”.

O orientador e professor Fernando Negrão diz que o jornal sempre se preocupou não só com a missão inclusiva, mas também com qualidade técnica. Em sua opinião, “o resultado foi surpreendente, sendo que a audiência também gostou”.

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Com o pensamento em um futuro não muito distante, ele diz que algumas das ideias que surgiram com esse novo formato podem ainda ser aproveitadas após o fim da quarentena e a volta às aulas. (Da Redação, com informações da Uniso)

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