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Professor de Sorocaba registra queda de meteoro

18 de Fevereiro de 2021 às 00:01
Kally Momesso [email protected]

Professor de Sorocaba registra queda de meteoro Brilho bastante intenso chamou a atenção dos seguidores das redes sociais do Centauri. Crédito da foto: Divulgação / Bramon

Um meteoro rasgou o céu na região de Sorocaba às 22h39 de domingo (14). O fenômeno foi registrado pelo professor e físico, Marco Antonio Centurion Medeiros, que opera a estação do Clube de Astronomia Centauri, na região da Vila Carvalho. O vídeo de quatro segundos mostra o momento em que o meteoro rasga o céu do município.

De acordo com Marco Antonio, numa mesma noite, é possível que a câmera capte vários meteoros, dependendo do quão limpo está o céu. Ele ainda revelou que o caso de domingo chamou bastante atenção. “Foi numa noite de poucas capturas e de céu nublado, o que pode indicar que o meteoro não caiu tão distante do local da estação”, explicou.

Outro fator de destaque foi o brilho do fenômeno. Segundo ele, os meteoros pequenos e de pouco brilho rasgam os céus constantemente. Entretanto, esse não foi o caso do último registro. “O brilho bastante intenso chamou a atenção dos seguidores das redes sociais do Clube Centauri, que disseram também terem visto a olho nu no momento de sua queda”, relatou.

Questionado sobre a possibilidade do meteoro ter atingido o solo, Marco Antonio afirmou que “o mais provável é que tenha desintegrado enquanto descia”. Isso, segundo ele, ainda justificaria o brilho intenso.

“A incidência desse fenômeno aumenta em épocas do ano em que o planeta atravessa regiões de chuvas de meteoros. Ele ainda informou que, diferente dos meteoritos, os meteoros não são motivo de preocupação. “Todos os meteoros que entram em nossa atmosfera são pequenos o suficiente para somente gerar esses brilhos nos céus, nada além”, afirmou.

“Esses meteoros são atraídos pela gravitação e sofrem ação da fricção das partículas da atmosfera, justamente por conta desta fricção que acontece a queima com alto brilho e a destruição do meteoro. Assim, mesmo os que aguentam o percurso, têm o tamanho muito reduzido e não são capazes de criar estragos”, contou Marco Antonio.

O estudante de física faz parte da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), em que pessoas trabalham voluntariamente, em todo o território nacional, com o monitoramento dos céus noturnos. O acompanhamento é feito através de câmeras que ficam ligadas durante toda a noite, aguardando a passagem dos meteoros de alto brilho. Cada câmera fica apontada para uma direção fixa no céu. Após o registro do meteoro, o operador da estação deve analisar a captura. (Kally Momesso - programa de estágio / Supervisão: Aldo Fogaça)