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Procon orienta consumidores a pesquisarem material escolar

14 de Janeiro de 2020 às 00:03
Ana Claudia Martins [email protected]

Procon orienta checar os produtos que têm em casa para evitar compras desnecessárias. Crédito da foto: Luiz Setti (13/1/2020)

 

A correria dos pais para a compra da lista do material escolar dos filhos já começou nas papelarias de Sorocaba. Mas, os consumidores precisam ficar atentos aos preços dos produtos porque um simples lápis preto pode ter diferença de valores em mais de 3.000%. Custa R$ 0,18 a unidade, se for um lápis comum. Porém, o mesmo lápis, se for de um personagem conhecido e que as crianças adoram, o preço chega a R$ 7 cada. Assim, há produtos para todos os bolsos.

A tradicional pesquisa do material escolar do Procon Sorocaba começou no dia 6 e segue até o dia 31. No dia 3 de janeiro último, por meio da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba, o Procon local informou que: "o Procon Sorocaba, órgão vinculado a Secretaria Jurídica da Prefeitura de Sorocaba, informa que iniciou os procedimentos fiscalizatórios para verificação dos itens de material escolar. A instituição fixou que essa operação ocorrerá entre os dias 6 e 31/01 e se destinará a visitar aproximadamente 53 estabelecimentos comerciais, verificando preços, qualidade e prazo de vencimento de produtos, bem como se preenchem os requisitos mínimos de segurança para o uso e idade", diz nota enviada pela Secom.

A previsão do Procon é visitar aproximadamente 53 estabelecimentos comerciais, verificando preços, qualidade e prazo de vencimento de produtos, bem como se preenchem os requisitos mínimos de segurança para o uso e idade.

O Procon informou que o balanço da operação será divulgado a partir do dia 31, e que haverá apenas pesquisas de preços informativas e não serão divulgados os nomes dos estabelecimentos. “O objetivo da operação é coibir condutas infrativas ao direito do consumidor e não uma “pesquisa de preços”. Ofertas enganosas, produtos sem selo de segurança ou com prazo de validade vencido são exemplos”, detalhou.

Assim, os próprios pais estão pesquisando os preços do material escolar e usam algumas estratégias. O WhatsApp tem sido o principal canal de comunicação entre as famílias. Nos grupos das mães, por exemplo, elas trocam mensagens com informações e cotações dos preços da lista de material dos filhos. Já que algumas papelarias da cidade enviam o cotação da lista por e-mail ou também pelo WhatsApp, além da possibilidade de pesquisar e até comprar os produtos em sites de papelarias, que oferecem maior parcelamento no cartão de crédito e frete grátis.

Na cidade de São Paulo, o Procon local (órgão da Fundação Procon-SP), realizou a pesquisa anual sobre o material escolar e constatou diferenças de preços nos itens analisados. A maior diferença encontrada em termos percentuais foi de 333% na borracha látex branca da Faber Castell, que em um estabelecimento custava R$ 2,60 e em outro, R$ 0,60. Em números absolutos, a maior diferença registrada foi na caneta hidrográfica Pilot 850L Junior 12 cores R$ 35,40: um estabelecimento vendia por R$ 59,90 e outro, por R$ 24,50.

Silvia, os filhos Pedro e Lorena e o marido Sandro foram juntos comprar os materiais. Crédito da foto: Luiz Setti (13/1/2020)

Conforme o órgão, após comparação de 126 produtos comuns entre as pesquisas realizadas em 2020 e no ano passado, constatou-se, em média, acréscimo de 3,71% no preço desses itens. O Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-SP), da FIPE, referente ao período, registrou variação de 3,50%.

Pais pesquisam

A empresária Silvia Almeida, 42 anos, foi com o marido Sandro e os filhos Pedro, 10 anos, e Lorena, 8 anos, comprar o material escolar. Disse que pesquisou os preços de alguns produtos pela internet e o grupo de mães no WhatsApp também ajudou a apontar os locais onde alguns produtos estão mais baratos. “Como meu filho vai cursar o sexto ano a lista está um pouco menor, então, vou gastar menos”, afirma. Acrescentou que pesquisar os preços antes é essencial porque a lista pode ficar entre 30% a 40% mais barata. “Na hora de comprar optamos por uma média entre os produtos mais baratos e outros um pouco mais caros para satisfazer o gosto das crianças”, afirma.

A auxiliar de farmácia, Débora Ferreira Santos Moreno, também foi ontem com os filhos em busca dos materiais escolares. Ela disse que pesquisa os preços, mas prefere comprar tudo no mesmo local e optou por uma papelaria próxima à casa dela, na avenida Nogueira Pandilha. “Meu filho Guilherme gosta de itens mais discretos sem personagens, então, compro produtos mais baratos. Já a minha filha Isadora prefere produtos de personagens, aí tem que escolher algo que não seja tão caro”, comenta.

Débora pesquisou e comprou o material dos filhos Guilherme e Isadora no mesmo local. Crédito da foto: Luiz Setti (13/1/2020)

Dicas

Antes de ir às compras, o Procon recomenda verificar quais produtos da lista já tem em casa e se estão em condições de uso, evitando assim, compras desnecessárias. Promover a troca de livros didáticos entre alunos também garante economia.

Na lista de material, as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer item de uso coletivo (materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo). Também não podem exigir produtos de marca específica.

Alguns itens de uso escolar, como lápis, borracha, apontador, compasso, régua, lápis de cor, de cera, cola, caneta, massa de modelar, tinta guache, tesoura entre outros, só podem ser vendidos se tiverem o selo do Inmetro.

A certificação é obrigatória e garante a qualidade e segurança do produto para uso das crianças. E os produtos importados devem seguir as mesmas recomendações dos nacionais, com informações em língua portuguesa. Alguns estabelecimentos concedem descontos para compras em grandes quantidades.

Na hora de pagar o material, o consumidor deve sempre verificar se o estabelecimento pratica preço diferenciado em função do pagamento em dinheiro, cheque, cartão de débito ou cartão de crédito. (Ana Cláudia Martins)

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