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Prefeitos culpam desativação de leitos Covid pelo aumento da taxa de ocupação

03 de Dezembro de 2020 às 07:31

Paciente cardíaco aguarda medicamento CHS e o Novo Regional tiveram leitos de Covid desativados. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (15/5/2020)

Sorocaba, juntamente com outras 61 cidades paulistas, foi chamada a uma reunião por videoconferência na última terça-feira (1), após ser considerada em estado de atenção pelo aumento de óbitos, internações e casos de Covid-19. O município decretou fase amarela, que passou a vigorar ontem (2).

A prefeita Jaqueline Coutinho fez coro com a maioria dos 45 prefeitos que participaram da uma videoconferência com o membros do governo de São Paulo sobre a unificação do estado na fase amarela do Plano São Paulo. De acordo com esse grupo de gestores municipais, a desativação de leitos de enfermaria e de UTI Covid promovida pelo governo paulista que determinou o aumento na taxa de ocupação de leitos nas 62 cidades consideradas em “atenção”.

As autoridades estaduais pediram a colaboração do municípios no monitoramento das atividades coletivas, como festas clandestinas e eventos em bares, consideradas as mais responsáveis pela transmissão da Covid-19, e o cumprimento das medidas de segurança, como uso de máscara e distanciamento social.

Na contrapartida, porém, os prefeitos não obtiveram respostas objetivas quanto ao aporte de recursos financeiros, de insumos, exames e leitos aos municípios para que o atendimento à população possa ser efetivo diante da crescente apresentação de casos da doença. Do mesmo modo, questionado, o governo de São Paulo não indicou, de fato, a gravidade deste novo momento da pandemia.

A unificação dos municípios paulistas na fase amarela é justificada pela observação de aumento de 10% na contaminação, um número de óbitos acima de 7% e o aumento de internação para mais de 75%.

Em Sorocaba

Com a mudança na condição epidemiológica da maior parte do Estado, em outubro, leitos Covid de responsabilidade do governo paulista foram desativados. Sorocaba perdeu 9 UTIs do Conjunto Hospitalar, ficando com 11, e 15 do Hospital Adib Jatene, este último que atende a quase 50 cidades da região e, agora, só tem 10 leitos para os casos mais graves. Atualmente, as duas unidades também têm, juntas, apenas 13 leitos de enfermaria Covid.

O município, por sua vez, manteve os 40 leitos contratados junto à Santa Casa de Sorocaba e abre, ainda nesta semana, mais 30 leitos de enfermaria para retaguarda. Além disso, a Prefeitura tem 28 novos respiradores para atendimento aos casos da doença. Um plano será elaborado nos próximos dias para a aplicação de mais 4 mil testes covid e, com isso, intensificar o monitoramento da doença no município.

A prefeitura de Itapetininga informou que um novo decreto municipal foi publicado na terça-feira (1º), no Semanário Oficial do Município. A administração segue o Plano São Paulo com intensificação ainda maior das fiscalizações que já acontecem no município. Segundo a prefeitura, as restrições da nova fase não impactarão na economia do município.

Outra posição defendida pela prefeita de Sorocaba diz respeito à medida de redução do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais na fase amarela. Foi voz corrente o fato de que isso poderá causar um estrangulamento no fluxo de pessoas, justamente, pelo período mais curto para cumprimento das necessidades, ainda mais considerando-se o período das festas de fim de ano. (Da Redação, com informações da Prefeitura de Sorocaba)