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Polícia faz reconstituição da queda de idosa em casa de Sorocaba

15 de Janeiro de 2020 às 19:58

Queda ocorreu no Parque Três Meninos, em Sorocaba Boneco foi usado para reconstituir a queda da vítima. Crédito da foto: Luiz Setti (15/1/2020)

A Polícia fez nesta quarta-feira (15) a reconstituição da queda de uma idosa de 61 anos do alto de uma residência em Sorocaba. O fato ocorreu em 29 de julho de 2018, no bairro Parque Três Meninos, na zona leste da cidade. Quatro dias depois, a costureira Vera Lúcia Moreira de Sousa morreu no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS).

Na época, a casa pertencia a um empresário, que estava no local no momento do acidente. A queda teria ocorrido quando a mulher tentou descer de uma sacada com uma corda improvisada por lençóis. Ela caiu de uma altura de aproximadamente quatro metros, fraturou o pescoço e sofreu traumatismo craniano. Conforme a Polícia, o homem declarou em depoimento que não teve como impedir a ação da mulher.

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Trajeto do corpo

Como as circunstâncias da queda ainda não estavam totalmente esclarecidas, a Polícia Civil requereu a realização da perícia, executada pela Polícia Científica. Segundo a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, Adriana de Souza Pinto, a perícia foi importante para confirmar a trajetória do corpo durante a queda. Para isso, foi usado um boneco.

A vítima, segundo a Polícia, não tinha ferimentos nas pernas. Portanto, ela teria caído girando no ar e atingido o solo com o corpo estendido para o lado, e não em pé.

“Nós tínhamos dúvidas, durante a investigação, das lesões da vítima, Com o uso do boneco foi possível reproduzir a trajetória da queda e como a vítima chegou ao solo, conferindo com a sequência da declaração do homem que é a testemunha”, declarou Adriana.

Inquérito

A titular da DDM informou que não há prazo para a conclusão do inquérito. Segundo a delegada, resta à Polícia ouvir uma pessoa e verificar o resultado de um exame de DNA. Se a investigação concluir que o homem incentivou a mulher a descer da casa pela corda improvisada na janela, ele pode ser responsabilizado por homicídio culposo e não por acidente.

Outro ponto em aberto é o apagamento das imagens das câmeras de segurança da casa. Conforme Adriana, o dono da casa assumiu que ordenou a destruição das imagens e justificou o fato pelo receio de ser responsabilizado quanto à falta de acionamento de socorro via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Na ocasião, ele e o irmão levaram a mulher ferida para a Santa Casa. (com informações de Eric Mantuan)

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