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Pesquisa identifica mais de duas mil espécies na biodiversidade de Sorocaba

05 de Junho de 2019 às 22:23

Os trabalhos para a compilação de pesquisas relacionadas ao tema tiveram início no II Workshop Biodiversidade de Sorocaba. Crédito da foto: Thiago Silva/ Fapesp/Direitos Reservados/Agência Brasil

Sorocaba possui aproximadamente 2.300 espécies em sua flora e fauna, que terão as informações reunidas em uma publicação que objetiva atualizar os dados sobre a biodiversidade municipal. Os trabalhos para a compilação de pesquisas relacionadas ao tema tiveram início nesta quarta-feira (5) no II Workshop Biodiversidade de Sorocaba. O evento foi promovido por meio do Laboratório de Ecologia Estrutural e Funcional de Ecossistemas da Universidade Paulista (Unip) e a Secretaria de Meio Ambiente Parques e Jardins de Sorocaba.

O professor da Unip, Welber Senteio Smith, explica que a última publicação do tipo foi feita há cinco anos e que nesse período novas pesquisas foram realizadas. “Vamos atualizar e ampliar essas informações. Por exemplo, a gente não tinha informações sobre as abelhas nativas de Sorocaba, que serão acrescentadas. Muitas informações de aves, peixes e mamíferos também serão ampliadas”, diz. Ele avalia uma ampliação de aproximadamente 30% no número de espécies registradas no município, que era de aproximadamente 1.800 em estimativa anterior.

O professor aponta algumas das novidades que serão compiladas, como aproximadamente dez espécies de peixes, além de cerca de dez espécies de aves. Um diferencial nessa versão serão informações referentes às abelhas nativas de Sorocaba, fruto de pesquisa da professora Elaine Cristina Mathias da Silva Zacarin, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).

A professora estuda o impacto dos agrotóxicos nas abelhas e, para a realização do trabalho, analisou as espécies existentes na cidade. Ela ressalta que um dos pontos mais interessantes da pesquisa foi a diversidade de espécies encontrada na cidade. “Quando a gente comparou o estudo de diversidade de abelha de Sorocaba com o restante do Estado obtivemos um índice muito alto”, diz. De acordo com a professora, um dos motivos para isso seria a composição natural da cidade que tem o encontro de dois biomas, com fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado.

“Além disso, teremos informações novas referentes a áreas prioritárias de conservação e novos projetos que o poder público pode realizar. Então, a ampliação não é só no número de espécies, mas também na forma de trabalhar essa informações”, conta o professor Smith. A obra anterior está disponível no site da Secretaria do Meio Ambiente e do evento II Workshop Biodiversidade de Sorocaba. (Priscila Fernandes)