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Paulo Skaf confirma que vai concorrer ao governo de SP

05 de Julho de 2018 às 15:48

O empresário e pré-candidato a governador Paulo Skaf (MDB) reforçou que irá concorrer à chefia do Executivo estadual nas eleições de outubro e negou qualquer possibilidade de disputar uma cadeira no Senado, como ventilado recentemente. Em entrevista à rádio Cruzeiro FM 92,3 na manhã desta quarta-feira (04), o emedebista declarou que sua candidatura é "inegociável", refutando as chances de compor a chapa do PSDB, que deve oficializar João Doria como candidato ao governo. Presidente licenciado do Sesi e do Senai, Skaf disse "querer governar" e classificou como "fofocas" os boatos de que poderia concorrer ao posto de senador.

Paulo Skaf confirmou que o assunto foi tema de conversa entre ele, Doria e o presidente Michel Temer (MDB) recentemente. Segundo o pré-candidato ao governo, o encontro serviu para "colocar uma pedra" nas chances de ele apoiar o tucano no pleito, cujos boatos teriam origem em adversários políticos que estariam evitando enfrentá-lo nas urnas. "Fui candidato em 2014, tive quase cinco milhões de votos. Agora apareço liderando todos os cenários de pesquisa. Por que razão seria vice de alguém?", questionou. O pré-candidato ao governo estadual disse ainda que o mesmo se aplica ao postulante do partido à presidência da República, Henrique Meirelles, que não deverá formar uma composição com o PSDB.

Skaf declarou que não fará troca de cargos e representatividade em um eventual governo por apoio em campanha e não deixou de fazer uma crítica sobre o assunto. "Quero montar um governo exemplar baseado em seriedade e competência, escolhendo os melhores para cada área. Veja o PP, por exemplo. Esteve com um dos pré-candidatos, na semana seguinte a oferta foi maior e foi para outro. Não pode ser assim. Estou fora disso", comentou, fazendo referência à desistência do partido em apoiar a reeleição de Márcio França (PSB) e sustentar a eleição de Doria. Ele se disse aberto a compor chapa com outros partidos, desde que não haja contrapartidas. "Todos que quiserem estar conosco são bem-vindos, mas não dou nada em troca."

Os mandatos tucanos em São Paulo também foram alvos de críticas de Skaf. "Com todo respeito ao PSDB, mas creio que deu o que tinha que dar. Ao longo de 24 anos falam em integrar as polícias, melhorar os índices de segurança, educação, saúde, mas não conseguem fazer", comentou. Ele citou o que considera ser falho na infraestrutura do Estado -- como a falta de uma alternativa de transporte ferroviário --, além de índices de criminalidade e da Educação e disse que quer levar uma "visão empresarial e de gestão" para o governo.

"São 180 mil alunos em escolas estaduais na região. Não é possível que se aceite que essas crianças estudem, frequentem a escola e não aprendam, os professores não sejam valorizados. É necessária uma grande mudança. Também não é aceitável que a população não tenha sensação de segurança alguma", ponderou.