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Paralisação do transporte coletivo continua em Sorocaba e região

24 de Março de 2020 às 11:03

Terminais amanheceram vazios nesta terça-feira (24). Crédito da foto: Vinícius Fonseca (24/3/2020)

Pelo segundo dia, a população de Sorocaba e mais 42 municípios da região ficaram sem transporte coletivo. A paralisação iniciada nesta segunda-feira (23), por volta das 11 horas, surpreendeu os usuários e foi motivada pelo Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, que alega que a medida foi tomada por conta do agravamento do quadro de propagação do coronavírus no país.

Na manhã desta terça-feira (24), a paralisação total continua com adesão integral dos trabalhadores em Sorocaba e na maior parte das cidades que compõem a base do sindicato. Segundo o sindicato, a paralisação deve ser mantida por 15 dias e a única exceção é do transporte especial que atende pessoas com deficiências que continua funcionando em esquema de plantão.

A Prefeitura de Sorocaba divulgou nota contra a paralisação, “visto que trata-se de uma medida radical que prejudica diretamente a população que mais precisa se deslocar neste momento, seja para trabalhar na área da saúde ou mesmo para procurar ajudar em caso de doenças.”

Para tentar reverter a situação, o poder público, por meio da Urbes – Trânsito e Transportes e da Secretaria de Mobilidade e Desenvolvimento Estratégico (Semob), recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas e aguarda o julgamento da ação, que pede que pelo menos 70% da frota seja mantida na operação do sistema de transporte. A expectativa é que o julgamento do TRT aconteça ainda nesta terça-feira (24).

Em comunicado publicado no site do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, a entidade afirma que formulou uma proposta para manter em funcionamento o transporte urbano exclusivamente para os profissionais da saúde pública e segurança pública durante este período da pandemia do coronavírus.

Os ônibus permanecem nas garagens das empresas. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (24/3/2020)

Segundo o sindicato, as empresas de transporte urbano em Sorocaba, STU e Consor, teriam aceitado, mas dependem de aprovação da Urbes. O Sindicato dos Rodoviários reafirmou que a proposta está mantida, e que aguarda “a Urbes liberar o transporte exclusivo para os profissionais da saúde e segurança pública, o que não aconteceu até o momento”.

A Urbes, no entanto, ressalta que, em nenhum momento, foi comunicada formalmente pelo sindicato da intenção de paralisar totalmente o sistema, bem como não recebeu nenhuma proposta que sugerisse um meio de contornar a situação, sem prejudicar os usuários de ônibus da cidade.

"Até o momento, o sindicato só se fez presente por suas redes sociais, ou seja, nenhuma proposta oficial foi encaminhada para as empresas operadoras a respeito do citado "fretamento”.

Segundo a Urbes, na semana passada, a notificação do sindicato, feita para as empresas, listava medidas visando a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos passageiros. "As medidas foram atendidas e alinhadas com o poder público, que também atendeu às recomendações do Ministério Público. Isso demonstra que o diálogo vinha sendo mantido de maneira coerente e respeitosa”, afirma Sergio Pires, diretor-presidente da Urbes. (Da Redação)

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