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Paciente espera remédio há 19 meses; Estado diz entregar na próxima semana

17 de Março de 2019 às 06:30

Farmácia de alto custo do governo do Estado fica  instalada no Hospital Regional. Foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (18/7/2018)

 

Munido de liminar judicial, o aposentado Luiz Carlos Cassimiro Silva pode retirar dois remédios para a esposa, Elisabete Sanches Martin Silva, na farmácia de alto custo do governo do Estado, instalada no Hospital Regional, para tratamento de epilepsia da paciente. Mas a falta dos medicamentos o tem obrigado a recorrer à ajuda de amigos e parentes para poder comprá-los em farmácias convencionais, enquanto o fornecimento público não é restabelecido, para atender às necessidades de tratamento de Elisabete.

Segundo Luiz Carlos, o medicamento Divalproato de Sódio/Depakote 500mg está em falta há 19 meses na farmácia do Estado, e o Oxicarbamozepina/Trileptal 300 mg está em falta há cinco meses. Somados, com duas caixas por mês de cada remédio para atender às necessidades da paciente, os custos dos remédios em farmácia comercial correspondem a R$ 420 a R$ 460, ante a renda familiar de R$ 1.300 a R$ 1.500, proveniente da aposentadoria de Luiz Carlos.

“Ás vezes um irmão compra uma caixa, um cunhado compra outra, e assim nós vamos nos virando”, disse Luiz Carlos. “Tem que comprar os remédios porque ela (Elisabete) não pode ficar sem eles, tem que repor de alguma forma porque senão vem as crises epiléticas, eu não posso deixar sem os remédios, a gente tem que correr atrás de ajuda”, acrescentou Luiz Carlos.

Contatada pela reportagem do Cruzeiro do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que o Divalproato de Sódio/Depakote 500mg estará disponível para a paciente até o início da próxima semana. O medicamento Oxcarbamazepina está em fase de aquisição e o Departamento Regional de Saúde (DRS) irá cobrar o fornecedor para que o entregue o quanto antes. (Da Redação)