Tatiane Poles, uma das investigadas, quer sorteio de novos integrantes. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (14/7/2017)

A ex-servidora da Prefeitura de Sorocaba, Tatiane Polis, por intermédio de seu advogado, protocolou nesta terça-feira (2), na Câmara, um pedido para que seja feito um novo sorteio para definir os membros da comissão em andamento, que investiga suspeita de irregularidades no voluntariado do Executivo. Pivô da investigação atual, a ex-servidora afirma que há conflito de interesse na manutenção de dois membros da comissão, sendo Iara Bernardi (PT), a presidente, e Hudson Pessini (MDB).

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De acordo com o documento, a investigação da CPI se baseia em um texto jornalístico sobre as possíveis irregularidades envolvendo Tatiane Polis. Mais adiante, o ofício destaca reportagens publicadas na semana passada pelo Cruzeiro so Sul e que trata do voluntariado na Câmara. O documento pede para que se determine a abertura de uma investigação na Câmara para tratar do que o documento chama de “falsos voluntários”, citando dois vereadores como alvo de supostas irregularidades.

O documento ainda cita conflito de interesse dos membros da CPI do Voluntariado, ao se investigar questão semelhante a que, pelo ofício, também estaria ocorrendo na Câmara. O ofício ainda pede que sejam escolhidos novos membros para que se dê continuidade aos trabalhos.

A Câmara de Sorocaba informou ontem que o documento seguirá o trâmite normal. No caso, o presidente recebe e delibera para o setor competente. Conforme a Secretaria de Comunicação da Câmara, o presidente Fernando Dini (MDB) não teve acesso ao material protocolado, por isso não poderia afirmar sobre as medidas que podem ser tomadas. Assim como o presidente da Câmara, Iara Bernardi também afirmou que não teve acesso ao ofício. O vereador Hudson Pessini não se manifestou até o fechamento desta edição.

Crespo questiona depoimento de servidora à CPI

O prefeito José Crespo (DEM) protocolou um documento na Câmara de Sorocaba ontem em que pede informações à CPI do Voluntariado sobre um depoimento informal envolvendo uma servidora da Urbes. A oitiva teria ocorrido na sexta-feira (29), às 10h, sem comunicação prévia.

O ato teria ocorrido no gabinete da presidente da Comissão, Iara Bernardi (PT), e com a participação da vereadora Fernanda Garcia (Psol), relatora da CPI. O documento pede para que seja explicado porque houve a convocação, sem que as informações estivessem nos autos, além de pedir acesso ao teor de todo o depoimento.

Questionada, Iara Bernardi confirmou o depoimento e afirmou que ela se antecipou a uma possível convocação. “A servidora em questão informou que estava com viagem programada e preocupada com a possibilidade de ser convocada como testemunha para CPI. Desta forma, esteve presente no gabinete, no qual esclareceu o período em que estaria ausente, assim como o período que trabalhou na Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom) . A Presidenta da Comissão, assim como a relatora, entenderam não existir motivos para promover sua convocação no momento, podendo até ser chamada posteriormente”, citou. (Marcel Scinocca)