Aprender para repassar o aprendizado — além de conhecer uma nova linguagem. Esses foram os principais motivos que levaram algumas pessoas a participar ontem, na Biblioteca Municipal , da oficina gratuita de braille — sistema de leitura e escrita utilizado por pessoas cegas. A oficina foi ministrada pelo funcionário público Loniel Leal das Neves Júnior, deficiente visual desde os 16 anos e que atualmente trabalha no local.
Professora do ensino básico, Cássia Munhoz disse ter se interessado pelo curso também por incentivo de seus alunos, que até levaram para ela uma embalagem de café com a escrita em braille. Para ela, o método também era novidade e, por isso mesmo, aprendê-lo teve um grau moderado de dificuldade. Porém, sua expectativa era de que após decorar o alfabeto o aprendizado se tornaria mais fácil.
Para a vice-diretora escolar Sônia Helena dos Santos, trata-se de uma nova linguagem importante de aprender. Segundo ela, no início a dificuldade é normal, mas que depois de “internalizar o conhecimento, nos apropriamos dele e passamos a desenvolver automaticamente”.
De acordo com Loniel, a oficina visava apenas passar uma noção da alfabetização em braille. Para o próximo ano, está previsto um curso com 32 horas/aula para quem tiver interesse em aprofundar o conhecimento.