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Número de internações por Covid-19 recua em Sorocaba

04 de Agosto de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Número de internações por Covid-19 recua em Sorocaba Hospital de campanha chegou a ter ocupação de 82,5% em 16 de julho; hoje, com mais leitos, ela é de 29,33%. Crédito da foto: Arte / JCS

O número de internações de pacientes de Sorocaba, com suspeita ou com confirmação do novo coronavírus, é o menor na cidade desde o dia 8 de julho. A taxa de ocupação do hospital de campanha também é a mais baixa desde quando os dados passaram a ser divulgados pela Prefeitura de Sorocaba, em 18 de junho. As informações fazem parte de um levantamento exclusivo do jornal Cruzeiro do Sul realizado nesta segunda-feira (3), com dados oficiais da Secretaria de Saúde de Sorocaba (SES).

Nesta segunda-feira (3), 154 pacientes estavam internados nas unidades de saúde de Sorocaba, com confirmação ou suspeita da doença. O número só não é menor que o registrado em 8 de julho, quando 149 pessoas estavam hospitalizadas. A data em que a cidade registrou o pico de internações foi em 19 de julho, com 223 pessoas ocupando leitos clínicos e de UTIs nas unidades de saúde da cidade.

O hospital de campanha foi a unidade de saúde que apresentou o mais expressivo recuo na taxa de ocupação de leitos clínicos, uma vez que possui a maior oferta. A taxa foi de 29,33%. Ou seja, dos 75 leitos, 22 estavam ocupados. É a menor taxa desde quando os dados passaram a ser divulgados, em 18 de junho. A maior taxa de ocupação do local deu-se em 16 de julho, chegando a 82,5%. Na ocasião, haviam ali apenas 40 leitos clínicos.

O número de pessoas internadas com confirmação da doença é o menor desde 8 de julho, quando 79 pessoas estavam internadas com a suspeita. Na segunda-feira, esse número era de 80.

Demais unidades

Apesar de registrar ontem uma taxa de ocupação de 85%, o índice de ocupação de UTI da Santa Casa ainda é um dos mais baixos dos últimos 50 dias. Desde meados de junho, o local vem apresentando ocupação acima de 90%. O índice foi subindo na medida em que o local passou a contar com mais leitos, em duas fases: aumentando de 30 para 35 leitos e, depois, e depois para 40. Durante vários dias de julho, a Santa Casa registrou ocupação máxima, com pacientes, inclusive, em fila de espera.

Número de internações por Covid-19 recua em Sorocaba Gráfico aponta que total de pacientes hospitalizados pela doença tem variado para baixo nos últimos dias Crédito da foto: Arte / JCS

O Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) também apresentou a menor taxa de ocupação desde 22 de julho, quando era de 60%. Na ocasião, tinha 12 leitos de UTI ocupados, do total de 20. Ontem (3), a taxa era de 75%, com cinco leitos vagos dos 21 disponíveis.

Já o Adib Jatene manteve taxa de ocupação elevada, acima de 90%, com dois leitos disponíveis de um total de 30. O local é referência para 48 cidades, assim como o Conjunto Hospitalar de Sorocaba.

Rede particular

Na rede particular, o hospital Unimed voltou a apresentar 100% de ocupação em seus 19 leitos de UTI. O Samaritano tinha 14 de seu 20 leitos ocupados, enquanto que o Evangélico tinha 10 leitos ocupados de um total de 12. No caso dos leitos clínicos da rede particular, a taxa de ocupação era inferior a 55% em todas as unidades.

O médico Fernando Brum, coordenador do Comitê de Enfrentamento do Coronavírus, em Sorocaba, avalia que ainda estamos no chamado platô, mas os números já apresentam variação para baixo. Ainda conforme ele, quando uma doença perde a frequência na porta de entrada, no caso a UPH Leste, mostra uma tendência de queda significativa de prevalência.

“Ainda fica uma taxa de ocupação alta se ela estava alta na mesma semana em que começou a queda, por que o tempo de internação é prolongado. A tendência é de manutenção de frequência baixa nestes dias. Se houver aumento, será pequeno”, lembra. Entretanto, ele dá um aviso à população com relação aos cuidados que estão sendo tomados nos últimos dias. “Eles devem ser os mesmos de sempre: Quando está muito, devemos tomar muito cuidado não ficar muito mais; quando está menos, devemos ter ainda mais cuidados, para que não voltar a ser muito quando antes”, adverte. (Marcel Scinocca)

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