Governo de SP abre linha de crédito para cultivo de morango
O governo do Estado de São Paulo lançou no início de dezembro uma nova frente de apoio ao cultivo de morango, com a liberação de uma linha de crédito por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), voltada à modernização das estruturas produtivas para o cultivo da fruta. A iniciativa ainda permite investimento em estufas, sistemas de irrigação e mudas certificadas.
O crédito do Feap contempla diferentes perfis de produtores, de acordo com a Secretaria de Agricultura de São Paulo. No caso de produtores pessoa física, a linha permite financiar até R$ 250 mil, enquanto produtores pessoa jurídica têm acesso a até R$ 500 mil. Associações e cooperativas podem solicitar até R$ 800 mil para implantação ou renovação de áreas de cultivo. Até 30% do valor contratado pode ser destinado ao custeio, permitindo a compra de insumos e o pagamento das despesas iniciais do ciclo produtivo. O prazo total de financiamento chega a 84 meses, com carência de até 12 meses, o que dá ao produtor tempo para estruturar o investimento antes de iniciar o reembolso, informa a secretaria.
Os municípios de Atibaia, Holambra, Jarinu, Ibiúna e Piedade — os dois últimos na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) — são os principais produtores de morangos no Estado de São Paulo.
O secretário de Agricultura, Guilherme Piai, afirmou que o incentivo à fruticultura e mais especificamente ao cultivo do morango, desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento do interior. “A fruticultura tem impacto transversal, porque além de ser um importante indutor do agroturismo na região, tem alta demanda por trabalhadores para a colheita, o que gera um ciclo de desenvolvimento que vai para além da porteira”, ressalta.
A Secretaria de Agricultura de São Paulo também apoia a fruticultura por meio do Laboratório de Micropropagação da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), em Tietê, também na RMS. A unidade, que foi reformada recentemente, retomou a produção de mudas de banana das variedades grande naine, prata-anã e maçã, após adaptar suas instalações, atualizar estufas e incorporar biorreatores de última geração que permitem ampliar a produção com menor custo de mão de obra. Segundo a chefe do serviço do laboratório, Laura Becker, a expectativa é alcançar até 120 mil mudas anuais.
Além das bananas, o laboratório mantém atuação consolidada na produção de mudas de matrizes de morango, iniciada em 2008 a partir de uma demanda da Associação dos Produtores de Morango e Hortifrútis de Atibaia, Jarinu e Região. O processo envolve multiplicação in vitro e aclimatação ao longo de quase um ano até chegar aos viveiristas, que depois multiplicam as mudas e abastecem os produtores. Cada matriz pode gerar mais de 250 mudas, e as 15 mil matrizes produzidas este ano resultaram em cerca de 4 milhões de mudas de morango. (Da Redação)