Olimpíada Sorocabana de Astronomia premia mais de 300 estudantes

Evento reuniu alunos do Ensino Fundamental II e Médio da Região Metropolitana de Sorocaba e distribuiu medalhas, bolsas de estudo e prêmios em dinheiro

Por Da Redação

Premiação contemplou medalhas de ouro, prata e bronze, além de menções honrosas e prêmios especiais para destaques como melhor aluno de escola pública e melhor aluna.

Caroline Mendes

 

A cerimônia de premiação da Olimpíada Sorocabana de Astronomia e Astronáutica (OSA) foi realizada neste sábado (13), no Centro Universitário Facens, em Sorocaba, e reconheceu o desempenho de estudantes do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio de escolas públicas e particulares da região. Ao todo, foram entregues mais de 300 medalhas e menções honrosas, além de prêmios como um telescópio, bolsas de estudo e valores em dinheiro que chegam a R$ 10 mil.

Criada com o objetivo de despertar o interesse por Astronomia, Astronáutica e Ciências da Natureza, a OSA mobilizou quase 15 mil estudantes de 186 escolas, distribuídas em 98 municípios e 20 estados brasileiros. A competição busca estimular o raciocínio lógico, a criatividade e o pensamento crítico, além de aproximar escolas, universidades e centros de ciência.

A olimpíada foi dividida em duas fases. A primeira ocorreu nas próprias escolas, com provas aplicadas nos dias 23, 24 ou 27 de outubro, em formato online ou impresso. Os 15% melhores colocados em cada nível avançaram para a segunda etapa, realizada presencialmente em 8 de novembro, em polos oficiais em Sorocaba. A premiação contemplou medalhas de ouro, prata e bronze, além de menções honrosas e prêmios especiais para destaques como melhor aluno de escola pública e melhor aluna.

Entre os premiados do Nível A, o estudante Lucas Yuri Takahashi Pinto, do Colégio Uirapuru, conquistou o primeiro lugar e recebeu R$ 1 mil, um telescópio e bolsas de estudo. No Ensino Médio, o primeiro colocado recebeu, além da premiação em dinheiro, bolsa integral em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (EaD) na Facens.

Coordenador e fundador da OSA, Carlos Eduardo Guariglia destacou a relevância da iniciativa. “As olimpíadas científicas são uma ferramenta pedagógica muito importante, não apenas para selecionar bons estudantes, mas para formar cidadãos conscientes da importância da ciência e das tecnologias espaciais para o futuro do país”, afirmou.

Durante o evento, professores, estudantes e familiares celebraram os resultados. A professora Camila Diana, do Colégio Dom Aguirre, que teve sete alunos premiados, ressaltou o impacto da competição. “Hoje é a consagração de um trabalho que emociona toda a escola. Muitos alunos descobrem que são capazes de ir além do que imaginavam”, disse.

Estudantes também relataram a experiência. Rafael Rodrigues Tome dos Santos, medalhista de prata e aluno de escola pública, contou que não esperava o resultado. “Fiquei muito feliz. É uma olimpíada com muita gente envolvida e ganhar a medalha foi uma surpresa”, afirmou.

A mesa da cerimônia contou com a presença de autoridades e representantes da área científica e educacional, entre eles o deputado federal Vitor Lipe, professores doutores e apoiadores da iniciativa.

Segundo a organização, a próxima edição da OSA já está em fase de planejamento. Informações sobre inscrições e regulamento podem ser acompanhadas no site oficial da olimpíada e nas redes sociais do projeto.

Recordisdas Nacionais

Além da premiação dos estudantes, o evento também abriu espaço para a apresentação do Projeto Kaiser, desenvolvido por alunos do Colégio Objetivo Centro, de Sorocaba. Embora não tenham participado da olimpíada, os estudantes Giovanni Ferravante Mione Moreira, de 16 anos, e Victor Treviset Souza, de 18 anos, apresentaram um foguete de dois estágios, feito com garrafas PET, movido a água e ar comprimido, que quebrou o recorde nacional de lançamento na amostra brasileira de foguetes.

Segundo os estudantes, o projeto levou cerca de 13 meses para ser desenvolvido, desde os primeiros rascunhos até o lançamento final. O foguete utiliza um sistema inovador de válvula unidirecional e estrutura reforçada com fibra de vidro, sendo considerado o maior lançamento já registrado no país em todas as categorias, inclusive quando comparado a foguetes de propulsão sólida.