Responsável por empresa de locação de cães é preso por maus-tratos

Animais foram resgatados e permanecem sob cuidados veterinários em local seguro

Por Da Redação

Os animais resgatados foram recolhidos e permanecem sob cuidados veterinários, em local seguro, longe da situação de risco.

O responsável por uma empresa que locava cães para atuarem como “seguranças” em imóveis foi preso nesta terça-feira (3), em Sorocaba. Animais foram resgatados em condições de maus-tratos.

Segundo a Polícia Civil, a operação foi deflagrada a partir de denúncia que indicava possíveis maus-tratos no interior de um projeto social localizado no Parque das Paineiras. No local, as equipes encontraram três cães vivos em situação crítica, com sinais de desnutrição, doenças não tratadas e mantidos em canis sujos, sem água, ração ou qualquer condição mínima de higiene.

Durante a diligência, também foi localizado um cão morto, descartado irregularmente às margens de um córrego próximo, dentro de um saco plástico preto. A morte do animal não havia sido comunicada a nenhum órgão competente.

O responsável pela empresa foi localizado no imóvel e afirmou visitar os cães duas vezes ao dia, além de manter outros animais espalhados por diferentes imóveis na cidade. O acusado admitiu não possuir sede adequada para abrigar os cães, não fornecer acompanhamento veterinário, desconhecer se os animais eram castrados, vacinados ou portadores de doenças e que sua empresa realizava a locação mediante pagamento mensal.

As responsáveis pelo imóvel onde os animais estavam afirmaram que não tinham contato direto com os cães e desconheciam seu real estado de saúde.

A perícia foi requisitada, e a Prefeitura de Sorocaba lavrou auto de infração administrativa, além de emitir relatório médico-veterinário confirmando o quadro de maus-tratos.

Diante da situação, o responsável pela empresa foi preso em flagrante pelo crime de maus-tratos a cães, previsto no art. 32 da Lei 9.605/98. Foi representada ainda a prisão preventiva do homem, em razão da gravidade dos fatos, da habitualidade da prática e do risco de reiteração delitiva, uma vez que a atividade econômica exercida depende diretamente da exploração inadequada de animais.

A autoridade policial solicitou a interdição total da empresa, com suspensão imediata das atividades, por se tratar de prática sem respaldo legal e incompatível com a legislação de proteção animal.

Os animais resgatados foram recolhidos e permanecem sob cuidados veterinários em local seguro, longe da situação de risco.