Represa de Itupararanga opera com 71% de volume útil, aponta estudo da CBA
A represa de Itupararanga, que abastece cidades como Sorocaba, Votorantim, Ibiúna, Alumínio e Mairinque, opera atualmente com 71% de volume útil, segundo dados oficiais da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), responsável pela gestão do reservatório. A medição mais recente é de quarta-feira (27), quando o nível da água estava em 821,52 metros.
Desde 9 de janeiro de 2023, a CBA passou a adotar uma regra operativa que define a quantidade de água liberada conforme a altura do nível da represa. O sistema é dividido em seis etapas, que vão do volume morto, na cota de 813,5 metros, até o ponto máximo de 823,5 metros, quando ocorre o vertimento. O objetivo é assegurar que o reservatório não volte a atingir a marca crítica de 817,5 metros, mesmo em períodos de estiagem.
Faixas de operação
De acordo com a régua comparativa, a zona considerada ideal começa a partir de 78,1% da capacidade, correspondente à cota de 822,12 metros. Acima disso, o reservatório é classificado na faixa verde, que representa a operação segura. Entre 48,9% e 78,1%, o sistema está na fase verde. Abaixo de 48,9% até 29,8%, o nível já é classificado como faixa laranja de contingência, e, se o volume cai abaixo de 29,87%, o reservatório é considerado em estado crítico, no chamado volume morto.
No caso de agosto de 2025, com 71% de volume útil, Itupararanga permanece na faixa verde, muito distante das zona de contingência e emergência.
Estrutura da barragem
A barragem de Itupararanga conta com diferentes estruturas que garantem o funcionamento do sistema. Os arcos permitem a passagem da água quando o reservatório atinge a capacidade máxima. A tomada de água conduz o volume armazenado até o canal de adução, que transporta a água para a Usina Hidrelétrica de Itupararanga e também para a represa do Clemente, responsável pela captação destinada ao abastecimento de Sorocaba.
Soleira livre
Diferente de outros sistemas, Itupararanga não possui comportas. O reservatório é classificado como de soleira livre, o que significa que, ao atingir o limite máximo, a água escoa naturalmente pela base do arco e segue até o Rio Sorocaba, que corre ao lado do canal de adução.
Segundo a CBA, toda a operação da barragem é conduzida de acordo com a Política Nacional de Segurança de Barragens, regulamentada pelas leis federais 12.334/2010 e 14.066/2020. As normas estabelecem critérios de segurança tanto para barragens de rejeitos quanto para aquelas destinadas à acumulação de água, como é o caso de Itupararanga. (Da Redação)