Polícia Civil desarticula esquema clandestino de mineração de criptomoedas
A Polícia Civil de Sorocaba, por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), deflagrou nesta quarta-feira (6), uma operação com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a um esquema clandestino de mineração de criptomoedas, operado de forma irregular na cidade.
A ação foi realizada simultaneamente em diversos endereços, com a participação de 22 policiais civis e apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE). As ordens judiciais foram cumpridas nos bairros Jardim Guaíba, Parque São Bento, Vila Barcelona e Jardim Santa Marina -- todos em Sorocaba. Equipes do Instituto de Criminalística e da CPFL acompanharam a operação e constataram irregularidades no fornecimento de energia elétrica, evidenciando o furto de energia, uma das características centrais desse tipo de operação ilícita.
Durante as diligências, os agentes localizaram e apreenderam 59 equipamentos ASIC (Circuito Integrado de Aplicação Específica), todos em pleno funcionamento, utilizados na atividade de mineração. Também foram apreendidos dois notebooks, uma CPU e um aparelho celular.
Atividade clandestina
A atividade é classificada como clandestina, por funcionar sem autorização legal, sem recolhimento de impostos e, principalmente, pelo uso indevido de energia elétrica, prática que configura crime de furto. Segundo a polícia a estrutura desmontada era sofisticada e operava de forma contínua, com alto consumo energético, o que chamou a atenção das autoridades e motivou o início da investigação.
Segundo apurado pela Polícia Civil, esquemas como esse têm como principal objetivo de obter ganhos elevados e reduzir custos, uma vez que a mineração de criptomoedas, quando realizada de forma regular, exige alto investimento em infraestrutura e consumo de energia elétrica. Além disso, operações clandestinas desse tipo buscam escapar da fiscalização tributária e da rastreabilidade das transações, podendo, em alguns casos, estar relacionadas a crimes como lavagem de dinheiro e fraudes cibernéticas.
A Polícia Civil segue com as investigações para verificar o alcance do esquema, identificar todos os envolvidos e apurar possíveis conexões com outras práticas criminosas.