Gripe aviária é confirmada em ave no interior de condomínio em Sorocaba
Peru infectado vivia com cerca de 200 aves; Defesa Agropecuária realiza abate sanitário e equipes seguem em vigilância
Foi confirmado, na sexta-feira (11), um foco positivo de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em Sorocaba. O caso envolve um peru que vivia dentro de um condomínio residencial onde havia cerca de 200 aves. A Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo esteve no local e realizou o abate sanitário imediato das aves que tiveram contato com o animal infectado, além da desinfecção da área.
Ontem (14), as equipes retornaram ao local para dar sequência às ações de vigilância ativa. Como parte da estratégia de controle, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu uma ação de educação sanitária com orientações direcionadas aos moradores do condomínio, alertando sobre os sinais clínicos que podem indicar a presença do vírus em aves, como tremores, dificuldade respiratória, espirros, asas caídas e comportamento desorientado.
Outro foco da doença foi confirmado no mesmo dia pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em uma propriedade na região de Parelheiros, na Grande São Paulo. Lá, duas galinhas foram diagnosticadas com a doença.
De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), este é o primeiro registro de IAAP em uma criação de subsistência no Estado. Apesar disso, as autoridades reforçam que não há risco à população e o consumo de carne de aves e ovos segue seguro.
No sábado (12), a Defesa Agropecuária também atuou no local com o sacrifício sanitário de dez aves remanescentes, descarte adequado dos animais e desinfecção da área.
Não há criação comercial de aves nos entornos das áreas afetadas, e medidas de vigilância foram iniciadas em um raio de dez quilômetros para monitoramento de propriedades vizinhas.
Plano de Contingência
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que acompanha a situação em conjunto com as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, e que foi elaborado um Plano de Contingência para o enfrentamento de possíveis casos em humanos. Até o momento, São Paulo não registrou nenhum caso da doença em pessoas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o foco em criações de subsistência não altera o status sanitário do estado ou do Brasil no comércio internacional. (Da Redação com informações da Agência SP)