Inquérito policial da Operação Copia e Cola aponta como suspeito o uso de dinheiro vivo para compra de imóvel
Ação investiga suposto esquema de desvio de dinheiro na Saúde
O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), teria dado entrada na casa onde mora atualmente, em um condomínio de alto padrão da zona leste, com dinheiro em espécie. A informação consta no inquérito da Operação Cópia e Cola, da Polícia Federal, que investiga desvios de verbas na Secretaria da Saúde. Em 10 de abril, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do prefeito assim como na Prefeitura de Sorocaba.
A investigação aponta o envolvimento de outras pessoas e instituições em um suposto esquema de desvio de dinheiro. A empresa registrada em nome da primeira-dama de Sorocaba, Sirlange Frate Maganhoto, teria recebido valores de uma igreja de São Paulo. Os proprietários e pastores da igreja são sua irmã, Simone Rodrigues Frate Souza, e seu cunhado, Josivaldo Batista de Souza
Outro nome citado no inquérito é o do empresário Marcos Mott, amigo de Manga. Ele é investigado por lavagem de dinheiro na compra de imóveis adquiridos por valores abaixo do mercado.
O que dizem os envolvidos
Em nota, os advogados Daniel Leon Bialski, Bruno Garcia Borragine, André Bialski, Flávia Maria Ebaid e Júlia Zonzini, que representam Rodrigo Manga e Sirlange Rodrigues Frate Maganhato, informaram que o nome de ambos foram mencionados “de forma indevida em nítida perseguição política” na investigação. Declaram que “todas as operações financeiras mencionadas possuem origem lícita e devidamente corroboradas por documentação, declaradas em imposto de renda e, algumas, inclusive, realizadas através de financiamento bancário.”
Segundo os advogados, “a defesa já apresentou diversos documentos à justiça, comprovando a legalidade de todas essas transações. E, respeitando a ordem judicial e o sigilo decretado, manifesta-se apenas para que não ocorra indevida e maldosa exploração.” A defesa ressalta que aguarda que em “com brevidade, esta seja arquivada, elidindo-se as injustas ilações vazadas.”
Os advogados dos pastores Josivaldo Batista de Souza e Simone Rodrigues Frate Souza informaram que “os pagamentos mencionados na investigação conduzida pela Polícia Federal são absolutamente legítimos, decorrentes de operações comerciais lícitas. Todas as informações referentes a essas transações serão fornecidas às Autoridades competentes, evidenciando a sua regularidade.” A defesa destaca que “lamenta o vazamento seletivo de informações de uma investigação sigilosa, que prejudica as partes e em nada contribui para o esclarecimento dos fatos.”
A defesa de Marcos Mott não irá se manifestar até o final do inquérito.