Prefeitura de Votorantim se manifesta sobre suposto suborno a vereadores
Câmara rejeitou o pedido de cassação após denúncias envolvendo o secretário de Governo
Após o Legislativo de Votorantim rejeitar o pedido de instauração de processo de cassação do mandato do prefeito Weber Manga (Republicanos), durante Sessão Ordinária realizada nesta terça-feira (13), a Prefeitura se manifestou a respeito. Na ocasião, a proposta recebeu oito votos contrários dos parlamentares da Câmara Municipal.
A solicitação foi feita após denúncias sobre um suposto suborno a vereadores da cidade por parte do secretário de Governo, Roberto Bellini Martins. Em resposta aos questionamentos do Cruzeiro do Sul, a Administração Municipal afirma que a posição dos vereadores, fundamentada no parecer do Setor Jurídico da Casa, confirma que se trata de uma denúncia vazia. Neste cenário, o Poder Excutivo alega que as conversas, que indicam a suposta irregularidade administrativa, foram tiradas de contexto.
"É importante destacar que a alegação se baseia em uma suposta conversa entre interlocutores, ocorrida sem a presença ou participação do prefeito, que por si só já afastaria qualquer punição. Não há, portanto, nada que justifique a tentativa de responsabilização do mandatário municipal, tampouco elementos mínimos que configurem infração político-administrativa", acrescenta a Prefeitura.
Relembre o Caso
O suposto suborno a vereadores de Votorantim por parte do secretário de Governo, Roberto Bellini Martins, movimentou o cenário político da cidade nos últimos dias.
Segundo o vereador José Antônio de Oliveira (PMB), o Gaguinho, ele foi chamado duas vezes pelo secretário de Governo, com a oferta de R$ 2 mil mensais em troca de apoio a iniciativas do Executivo na Câmara. Em nota, o secretário de governo de Votorantim ressaltou que as informações divulgadas foram retiradas de contexto, além de alegar que o áudio é duvidoso.
Durante a votação no plenário, somente o Gaguinho se posicionou a favor da instauração do processo administrativo. Em contrapartida, Ita, Daniel Moreira, Diego da Padaria, Fernando Fernandes, Lu Ferrari, Professor Luciano, Roberto França e Ronaldo Rogério acataram a posição do Setor Jurídico e foram contrários ao pedido. Rogério Lima não compareceu à sessão, pois está de licença por atestado médico.
O Ministério Público se manifestou a respeito do assunto na manhã de segunda-feira (12). O órgão informou que notificou tanto o prefeito Weber Manga quanto o secretário Roberto Bellini Martins.