Prefeitura comemora resultados
A Prefeitura de Sorocaba comentou o ranking divulgado pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Conforme o Executivo, a procura é por melhorar a qualidade dos serviços públicos. Por isso, acrescenta, os resultados “enaltecem o planejamento e os investimentos” que estão sendo feitos em diversos segmentos da cidade.
O Cruzeiro do Sul questionou também os indicadores de empregos, saúde e educação e como eles poderiam melhorar. A prefeitura, por sua vez, respondeu com exemplos de iniciativas que buscam contornar as diferenças apontadas pelo ranking.
Na área de saúde, por exemplo, o Executivo afirma que vem intensificando ações na atenção primária com programas voltados à prevenção e ao emagrecimento, além de assistência materno-infantil, planejamento familiar e educação continuada para a equipe multiprofissional que visa o adequado seguimento das gestantes e das crianças para o diagnóstico precoce dos agravos à saúde das mães e das crianças, com revisão periódica dos protocolos assistenciais.
Citou ainda programas como Médico da Criança, Médico da Família, o aplicativo Agenda UBS, além de investimentos no Complexo Hospitalar Municipal. Por fim, alega que o setor está gerando empregos — um saldo positivo de 1.356 vagas (13.235 admissões ante 11.879 desligamentos).
Preocupado
Por sua vez, o vice-presidente do Sinsaúde, Pablo Pistila, vê com preocupação os resultados do IFDM no quesito saúde. “Quando cidades menores da nossa Região Metropolitana, como Cerquilho e Alambari, aparecem à frente de Sorocaba, é sinal claro de que precisamos repensar a forma como as políticas públicas de saúde estão sendo conduzidas”, afirma.
Pablo continua: “É urgente que tratemos a saúde pública com mais seriedade. Isso começa pela escolha de representantes comprometidos com o bem coletivo. As decisões não podem ser pautadas por interesses pessoais ou políticos, mas sim pela real necessidade da população”.
Na visão do vice-presidente do Sinsaúde, os recursos existem e os impostos pagos pelos cidadãos já possibilitariam um sistema de saúde de alta qualidade, comparável ao da rede privada. “O que falta é gestão eficiente, contratos públicos mais transparentes e bem elaborados, além de uma fiscalização mais firme por parte do Legislativo.”
Já o médico com foco em grupos vulneráveis, Marcelo Henrique Silva, diz que a gestão deve ser estratégica, com a participação de vários setores. “É preciso diagnóstico local, mapeamento dos problemas de saúde e serviços carentes, usar dados do SUS, IBGE, uma integração para articular tudo.” (T.R.)