Julgamento de falso médico que atendeu na cidade é adiado
O homem é acusado de provocar a morte de uma aposentada, de 71 anos
O julgamento do falso médico Fernando Henrique Dardis, previsto para ocorrer ontem (17), foi adiado. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O homem é acusado de provocar a morte de uma aposentada, de 71 anos. O caso ocorreu em outubro de 2011 na Santa Casa de Sorocaba.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, um relatório médico foi apresentado informando que o réu está internado, por isso, foi necessário mudar a data. O júri foi remarcado para o dia 27 de fevereiro de 2025. O Cruzeiro do Sul entrou em contato com a defesa de Fernando Henrique Dardis, mas os advogados preferiram não se manifestar sobre o caso.
Dardis trabalhou ilegalmente por cerca de um ano como médico plantonista na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, se passando por um cirurgião. Para o disfarce, ele usava os nomes de Ariosvaldo Diniz Florentino e Fernando Henrique Guerreiro. Na ocasião, o homem era estudante do 8º semestre de medicina e não tinha o registro para exercer a profissão.
Na época, Fernando chegou a ser detido em flagrante, mas foi liberado para responder pelos crimes em liberdade. Já em 2014 foi condenado por falsificação de documentos e exercício ilegal da profissão.
Segundo informações do processo sobre esse caso, o homem confessou que exerceu a profissão de médico, sem autorização legal. Informou, ainda, que atendeu a vítima em duas situações: uma cerca de 30 dias antes da morte e a segunda na data anterior ao óbito.
Ainda conforme o documento, o réu disse que na primeira vez tratou a vítima como paciente cardíaca, porém, no segundo atendimento havia queixa de vômito e dor abdominal, assim, passou um medicamento para a aposentada. O caso foi registrado como homicídio qualificado no Fórum de Sorocaba.
O Cruzeiro do Sul procurou a Santa Casa de Sorocaba para se manifestar sobre o caso. Em nota, a gestão da irmandade informou que o fato ocorreu durante a administração e responsabilidade das pessoas que estavam gerindo o hospital na época, desse modo, a atual administração não tem propriedade para falar sobre o acontecido. (Da Redação)